Sociedade | 05-01-2021 12:30

Distrito de Santarém entre os mais desiguais no preço da água da rede

Estudo da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas sobre o preço da água em Portugal, considerando o município em que se vive e a dimensão familiar, coloca Santarém entre os distritos com maiores discrepâncias.

A 5ª edição do Estudo Comparativo dos Tarifários de Abastecimento de Água de Portugal, realizado pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), revela as diferenças no preço da água em Portugal, considerando o município em que se vive e também a dimensão familiar. No estudo que analisou os tarifários da água em vigor a 31 de Dezembro de 2019, Santarém surge como um dos distritos com maior discrepância de valores entre concelhos, com a Golegã a registar o custo mais baixo, cerca de 2,35€, considerando como referência a taxa fixa mensal acrescida da taxa variável correspondente a uma pessoa (valor sem IVA). Destacam-se ainda como municípios com valores mais baixos o Entroncamento (4,80€), Constância (4,66€) e Sardoal (5,05€). Entre os concelhos com valores mais elevados do distrito estão Ourém (8,44€), Tomar (7,29€) e Cartaxo (5,91€). O distrito destaca-se no estudo, pela negativa, quanto ao preço médio da tarifa fixa de abastecimento de água (3,76€), que ultrapassa em 76 cêntimos o preço médio nacional. Já ao nível da tarifa variável de abastecimento de água Santarém registou uma média, no último ano, de 0,79€/m3 de água consumida, ligeiramente abaixo da média nacional, de 0,81€/m3.

De acordo com o estudo da APFN, Portugal conta com um total de 207 (67%) municípios com um tarifário específico, de aplicação universal, para as famílias de maiores dimensões. No último ano foram criadas 14 novas tarifas familiares, entre as quais a de Constância. O distrito de Santarém passou assim, a par do distrito de Lisboa, a ter 100% dos seus municípios com Tarifa Familiar da Água.

De acordo com a APFN, apesar das melhorias registadas desde 2015, data do primeiro estudo, as famílias portuguesas de maiores dimensões ainda são penalizadas, “pagando mais por um mesmo copo de água”. Uma penalização que ainda acontece “porque existem muitos municípios que não apresentam uma tarifa específica que considere o consumo por pessoa, ao invés do consumo total, e porque muitas tarifas familiares não são efectivas na correcção da penalização, revelando fraca eficácia”.

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