Sociedade | 25-02-2021 18:00

Impactos de suinicultura na Póvoa da Isenta continuam na agenda política

Impactos de suinicultura na Póvoa da Isenta continuam na agenda política
SOCIEDADE

Deputados comunistas questionam os ministérios do Ambiente e Acção Climática e da Agricultura sobre os impactos na qualidade de vida das populações sujeitas ao mau cheiro proveniente da exploração e às escorrências em terrenos contíguos.

O PCP questionou os ministérios do Ambiente e Acção Climática e da Agricultura sobre os impactos de uma suinicultura na Póvoa da Isenta, Santarém, que tem motivado queixas da população. O Bloco de Esquerda também já havia agido nesse sentido.

Os deputados comunistas dizem ter, durante uma visita à freguesia da Póvoa da Isenta, contactado de perto com “um problema que tem vindo a ser denunciado insistentemente” pela população que se queixa da poluição ambiental causada pela exploração pecuária pertencente à empresa Agrolex-Sociedade Pecuária, Lda.

Os deputados dizem ter testemunhado o “grave dano causado à qualidade de vida das populações pelo mau cheiro proveniente daquela exploração”, localizada perto de habitações. “Os moradores podem testemunhar a existência de sete lagoas onde não existe separação de material sólido e líquido, com fermentação visível e exalação de cheiros, e apercebem-se de obras cuja finalidade desconhecem e de animais mortos a ser enterrados perto das lagoas”, referem os deputados no documento.

Questionada pela Lusa, a Agência Portuguesa do Ambiente confirmou tratar-se da construção de um sistema de hidrólise para deposição de cadáveres de animais.

A população, acrescentam os deputados, manifesta ainda “sérias dúvidas sobre a eventual existência de escorrências em territórios contíguos sobre as condições de bem-estar animal e sobre o cumprimento do efectivo pecuário autorizado”.

Dúvidas que se adensam na medida em que “tem sido negada aos interessados a possibilidade de acesso aos documentos relativos ao licenciamento da exploração e às condições em que se processa a sua actividade”, referem os deputados do PCP, questionando que acções de fiscalização têm sido efectuadas pelos serviços daqueles dois ministérios.

Em Novembro de 2020 a população lançou um abaixo-assinado sobre uma obra iniciada pela empresa Agrolex onde perguntam se “à luz das exigências da legislação actual e dos direitos fundamentais, faz sentido a existência de uma unidade desta natureza em pleno centro da povoação”.

Nessa altura, O MIRANTE colocou algumas questões por escrito à empresa de que não obtivemos resposta. Um procedimento que repetimos agora, igualmente sem retorno.

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