Juntas de freguesia esforçam-se para promover justiça social
A pandemia tem contribuído para o aumento das desigualdades sociais na região ribatejana; há menos liberdade e as oportunidades escasseiam, sobretudo nas localidades mais isoladas.
O fenómeno das desigualdades sociais agravou-se desde que vivemos em pandemia; a liberdade está condicionada e as oportunidades são cada vez menos, sobretudo entre os mais desfavorecidos. As juntas de freguesia da região têm desempenhado um papel fundamental no combate a estas desigualdades, nomeadamente no que diz respeito ao acesso à educação, saúde e bens alimentares.
A propósito do Dia Mundial da Justiça Social, que se celebra a 20 de Fevereiro, O MIRANTE conversou com alguns autarcas da região que receiam o futuro e confessam a sua preocupação pelas famílias que sofrem de dificuldades mas têm “vergonha” em admitir.
Pedro Matos, presidente da Junta de Mouriscas, concelho de Abrantes, afirma que são acompanhadas cerca de 15 famílias na freguesia, sendo que diariamente são apenas três. Os casos sociais resultam, sobretudo, do desemprego e da falta de condições financeiras que garantam dignidade às famílias.
O autarca é, desde 2010, encarregado geral na ACATIM (Associação Comunitária de Apoio à Terceira Idade de Mouriscas); conta que há idosos que vão à farmácia e só compram metade dos medicamentos porque não têm dinheiro para mais, uma vez que as reformas são muito pequenas.
* Reportagem desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 25 de Fevereiro