Vídeo-vigilância de apoio ao socorro no distrito de Santarém não funciona
Apenas três das 16 câmaras operadas pela GNR e Comando Distrital de Operações de Socorro estão a funcionar, porque caducou o contrato de manutenção e as entidades não se entendem.
Quase todas as câmaras de vigilância de apoio às operações de socorro no distrito de Santarém, que são acedidas também pela GNR, estão desligadas porque o contrato de manutenção caducou e não há entendimento entre a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) e a Guarda sobre quem deve assumir a responsabilidade. As 13 câmaras adquiridas pelas comunidades intermunicipais da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo não estão a funcionar e apenas se mantém activas três que pertencem à ANEPC.
Tanto a protecção civil como a GNR, entidade que usa as câmaras no âmbito da sua responsabilidade de vigilância das florestas contra incêndios, pertencem ao Ministério da Administração Interna. O sistema está instalado no Comando Distrital de Operações de Socorro em Almeirim, mas a Guarda também acede às imagens a partir da sua sala de operações em Santarém. Neste momento apenas está garantido 20 por cento da capacidade do sistema de vídeo-vigilância, denominado Ciclope.
O facto de existirem duas entidades que usam o sistema contribui para um desentendimento de competências quanto à responsabilidade de operação do sistema, ao seu acesso e à contratação da manutenção. As câmaras têm sido bastante úteis no apoio à decisão no combate a incêndios florestais, sobretudo no encaminhamento de meios para os locais dos fogos.
A situação já chegou à Assembleia da República, onde o deputado do PSD eleito pelo distrito de Santarém, Duarte Marques, apresentou um requerimento dirigido ao Governo, perguntando que medidas o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vai tomar para resolver o problema, bem como quando é que o sistema volta a estar totalmente operacional. O parlamentar questiona ainda a falta de entendimento entre as duas entidades .