Sociedade | 09-03-2021 11:36

Oposição chumba concurso para concessão do mercado de Santarém a privados

Oposição chumba concurso para concessão do mercado de Santarém a privados

Presidente do município acusa oposição de dizer barbaridades e de tentar que o concelho não progrida por razões eleitoralistas.

As bancadas da oposição uniram-se e chumbaram a proposta para abertura de um concurso público visando a concessão a privados da gestão do mercado municipal de Santarém. Na sessão realizada na noite de segunda-feira, 8 de Março, a proposta apresentada pela câmara, de maioria PSD, colheu 20 votos favoráveis dos social-democratas e 22 votos contra, de PS, CDU, BE e CDS.

A O MIRANTE, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), reagiu a esse revés político dizendo que “ficou claro que a oposição em Santarém não tem visão estratégica para o concelho, só têm ideias gastas e sem futuro”. E acrescenta que “quando se ouve dizer barbaridades como por exemplo que Santarém não tem escala para absorver mais superfícies comerciais, é claro que querem impor visões ideológicas sobre o desenvolvimento de Santarém”.

Ricardo Gonçalves afirma que “já vem de há muito tempo este tipo de oposição, que em sede de orçamentos municipais nunca apresenta uma única ideia, pois não as tem, só tenta que o concelho não progrida por razões eleitoralistas”. E dá como exemplos os chumbos do crematório, Hospital da Luz, Avenida Afonso Henriques. “Na Casa do Benfica, usaram todos os expedientes possíveis para que o processo não avançasse.”, reforça, garantindo que “ao executivo e ao PSD resta continuar a trabalhar e nas próximas eleições reforçar a votação, para que o futuro que todos os escalabitanos desejam e merecem seja uma realidade”.

Recorde-se que o PSD, que tem maioria absoluta no executivo camarário, onde a proposta foi aprovada, não tem maioria na assembleia municipal e já era certo que a proposta iria contar com os votos contra de PS, CDU e BE, que defendem uma gestão pública do mercado e a salvaguarda do interesse público e da economia local. A eleita do CDS também votou contra, considerando a proposta da câmara de uma “enorme insensibilidade social”, ao não garantir a continuidade dos vendedores que ali trabalhavam.

Na reunião de câmara de 8 de Fevereiro, a maioria PSD aprovou uma proposta que apontava para um prazo de concessão da gestão do mercado de 20 a 25 anos, deixando de fora o torreão onde ficará instalado o posto de turismo e impondo como condições que, em todo o mercado, apenas podem ser vendidos produtos alimentares (comidas e bebidas) e produtos (artesanato) regionais.

Os antigos vendedores do mercado municipal estariam sujeitos às mesmas condições dos restantes concorrentes, sendo que o concessionário lhes deverá dar direito de preferência na atribuição das bancas, é referido no documento.

O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), tem vindo a dizer que o município decidiu concessionar a gestão do espaço porque quer “um mercado dinâmico, que não feche às três da tarde”.

Agora, resta saber os moldes de gestão do mercado, quando as obras de reabilitação estiverem prontas, o que deve acontecer no último trimestre deste ano. Até lá há eleições autárquicas e a nova configuração da câmara e da assembleia municipal pode ser determinante nesse capítulo.

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