Sociedade | 14-05-2021 18:00

O papel das juntas de freguesia a dar a mão a quem precisa

O papel das juntas de freguesia a dar a mão a quem precisa
SOCIEDADE

As juntas de freguesia ribatejanas têm desempenhado um papel fundamental na gestão da pandemia e dos casos sociais que aumentaram, sobretudo devido ao desemprego.

Em 2020 houve um aumento dos pedidos de ajuda na Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, a maior do concelho de Vila Franca de Xira, e o presidente, Jorge Ribeiro (PS), orgulha-se de toda a equipa por não ter deixado ninguém sem resposta. A junta de freguesia, pela sua proximidade, continua a ser a primeira porta onde quem precisa vai pedir ajuda, seja ao nível da habitação, emprego ou, sobretudo, alimentação.

A pandemia na freguesia de Moitas Venda, concelho de Alcanena, não tem dado tréguas e os pedidos de ajuda, sobretudo de pessoas idosas e desempregados, aumentaram exponencialmente. A informação foi dada a O MIRANTE pelo presidente da junta, Álvaro Gonçalves (PS), que acrescenta existirem ainda muitos casos de pobreza envergonhada na aldeia. “Há pessoas que tinham uma vida estável e de repente ficaram sem dinheiro para pagar as contas; nota-se que têm muita dificuldade em pedir ajuda, talvez por uma questão de orgulho”, refere.

Armando Calixto é o presidente da Junta de Freguesia de Vale do Paraíso, a mais pequena do concelho de Azambuja, o que faz com que existam poucos casos de pessoas a depender de rendimentos sociais, tais como o subsídio de desemprego ou o Rendimento Social de Inserção (RSI). Ainda assim, o autarca socialista recorda um caso em particular de um casal em que a mulher não teve direito ao subsídio de desemprego e o ordenado do marido não chegava para as despesas.

O número de pedidos de auxílio na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, no Entroncamento, tem aumentado bastante desde a pandemia do novo coronavírus. Outro facto curioso é que o número de imigrantes também tem aumentado exponencialmente: nos últimos quatro meses regista-se a chegada de cerca de meia centena de imigrantes. O presidente da junta, Ezequiel Estrada, explica que a maioria vem do continente asiático, contrariamente ao que acontecia há alguns anos, com a chegada de muitos brasileiros e africanos.

A freguesia da Meia Via, concelho de Torres Novas, parece estar a conseguir escapar aos impactos negativos da pandemia, não registando aumento nos pedidos de auxílio, ou mesmo no desemprego. Lígia Santos (PS), presidente da junta de freguesia, afirma que os Serviços de Acção Social do município não têm reportado novos casos para além dos que já acompanham há vários anos. A presidente não esconde, no entanto, que há algumas famílias carenciadas, mas que, na maioria dos casos, “são as próprias famílias que não querem ser ajudadas”.

*Reportagem desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 13 de Maio

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo