Sociedade | 20-05-2021 18:00

ASAE sai de Santarém para Almeirim para cortar nas despesas

ASAE sai de Santarém para Almeirim para cortar nas despesas
SOCIEDADE

Delegação distrital da ASAE muda de Santarém para Almeirim, onde vai contar com instalações oferecidas pelo município. Câmara de Santarém não disponibilizou espaços graciosamente e presidente da autarquia diz que é “vergonhoso” ver organismos do Estado a “pedinchar” imóveis.

A Câmara de Almeirim decidiu na segunda-feira, 17 de Maio, comunicar à ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica que vai adquirir uma loja com cerca de 500 metros quadrados para instalar a delegação distrital que actualmente funciona em Santarém.

As instalações, num prédio situado numa das entradas de Almeirim pela Nacional 114, onde já estiveram elementos do município a ver o espaço, nunca foram ocupadas e são amplas. O local chegou a ser pensado para instalar há uns anos o serviço de Finanças e a Conservatória do Registo. Ideia abandonada com a criação da Loja do Cidadão, que vai ser construída por cima do mercado municipal.

A ASAE solicitou à Câmara de Almeirim que disponibilizasse instalações com capacidade para 19 trabalhadores, dos quais 14 inspectores. A autoridade elogia a capacidade e dinamismo do município para atrair organismos públicos e, nesse sentido, aponta a cidade como uma boa solução.

Além do espaço para os trabalhadores, a ASAE, no pedido de cedência de instalações justificando que quer manter-se na região, pediu também condições para o funcionamento do serviço de instrução de processos. O que implica receber suspeitos para serem ouvidos, testemunhas e advogados.

“Organismos do Estado andarem a pedinchar edifícios é vergonhoso”

A delegação de Santarém da ASAE pretende cortar nas despesas e sondou também a Câmara de Santarém para saber se tinha algum imóvel que pudesse disponibilizar gratuitamente, para assim continuar na cidade, tendo levado resposta negativa. A delegação está instalada numa vivenda alugada, na Rua António Bastos, no bairro de São Bento, em Santarém.

“Não temos imóveis para ceder mas indicámos alguns espaços para arrendar”, informou o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), na reunião do executivo de segunda-feira, 17 de Maio, onde desvalorizou a saída da ASAE da cidade mas não poupou críticas aos organismos do Estado.

“É lamentável este tipo de processos. Parece que estamos outra vez nos tempos da troika. Organismos do Estado andarem a pedinchar edifícios é vergonhoso. O Estado é que deve ter uma estratégia, saber onde quer estar e não andar à procura avulsa de quem lhe dê instalações”, afirmou Ricardo Gonçalves, em resposta ao vereador Rui Barreiro (PS), que o questionara sobre o assunto.

Entretanto, a concelhia do PS de Santarém já reagiu, elogiando a pró-actividade do presidente da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro (PS), “que já conseguiu atrair para o seu concelho os Serviços da Proteção Civil Nacional, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo e a Junta Regional dos Escuteiros da Região de Santarém, ambas anteriormente localizadas em Santarém”. O que, na óptica dos socialistas escalabitanos, “contrasta com a falta de visão da Câmara Municipal de Santarém e da inactividade e inoperância do presidente Ricardo Gonçalves”.

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