Sociedade | 13-06-2021 18:00

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo lança campanha na Feira de Agricultura

Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo lança campanha na Feira de Agricultura
ESPECIAL AGRICULTURA
Trabalhadores ao ar livre devem usar vestuário adequado, protector solar e chapéu de aba larga

Iniciativa focada nas áreas profissionais ao ar livre pretende sensibilizar para a importância de se adoptarem comportamentos adequados em relação ao sol.

A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) lançou na quarta-feira, 9 de Junho, a campanha ‘De Sol a Sol’, na Feira Nacional de Agricultura 2021, em Santarém, para incentivar o diagnóstico precoce e a adopção de comportamentos em relação ao sol.
Ao focar-se nas áreas profissionais ao ar livre, a iniciativa pretende sensibilizar para a importância de se adoptarem comportamentos adequados em relação ao sol. “Não podemos mudar a genética e a predisposição natural de cada um, mas podemos ajudar a adoptar comportamentos adequados que passam por reduzir a dose de exposição aos raios ultravioleta”, esclareceu o presidente da APCC, João Maia e Silva.

Algumas estratégias passam por evitar os horários mais críticos de exposição solar, quando tal é possível, ou criando sombras em profissões que o permitam, mas também pela utilização de vestuário adequado, protector solar e chapéu de aba larga.

Segundo os dados mais recentes da APCC, embora os agricultores tenham uma percepção generalizada (a rondar os 80%) de que a exposição solar está associada ao risco de aparecimento do cancro de pele, só uma minoria é que adopta medidas de protecção: apenas 12% usam protector solar com regularidade, 20% usam óculos de sol, 30% usam chapéu e outros 30% procuram ou criam sombras nos seus locais de trabalho”.

João Maia e Silva sublinhou que a “pele tem memória e que vai acumulando lesões que mais tarde vão provocar o fotoenvelhecimento precoce e o aparecimento de cancros de pele”.

Metade dos inquiridos dizem ter sofrido queimaduras graves ao longo da vida, um dado “alarmante” visto que as “queimaduras solares duplicam o risco de incidência da doença”, explicou o médico.

Além disso, 30% dos agricultores referem ter sofrido de queimadura solar no ano anterior e, destes, 10% dizem ter sofrido três queimaduras ou mais. Estas estatísticas explicam que 11% dos agricultores tenham no seu historial clínico diagnósticos de cancro de pele ou de lesões paraneoplásticas já tratadas. “O diagnóstico precoce, que passa muito pelo auto-exame, é importante porque pode decidir entre a vida e a morte”, expõe o presidente da APCC.

Os sinais de alarme incluem o aparecimento de sinal de cor negra em pele com alteração de tamanho, espessura e cor, sensação de ardor ou comichão ou hemorragia fácil; o aparecimento recente de ferida, nódulo ou ‘verruga’ rosada de crescimento rápido; e a existência de qualquer sinal recente que seja assimétrico, tenha bordo irregular, uma cor não uniforme ou um diâmetro superior a seis milímetros.
A campanha, organizada em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Dermatologia termina na quinta-feira, dia 10 de Junho.

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