O problema da falta de residências para receber os estudantes que frequentam o ensino no Instituto Politécnico de Tomar (IPT) pode ser amenizado nos próximos anos. O município de Tomar está a negociar com a instituição a possibilidade de realizar uma empreitada de requalificação do edifício do Palácio de Alvim, onde funcionou a esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) até 2008, a fim de utilizar parte do espaço para albergar estudantes.

A informação foi dada por Hugo Cristóvão, vice-presidente da autarquia, na última reunião de câmara, que se realizou na segunda-feira, 7 de Junho, depois de questionado pelo vereador da oposição, Francisco Madureira (PSD). “Uma das possibilidades em cima da mesa é colocar os alunos a viver nas águas-furtadas e, eventualmente, num dos andares, para ajudar a combater o problema da falta de residências para estudantes no concelho”, afirmou, acrescentando que não promete que vai acontecer, mas que, “tanto a câmara como o IPT, vão fazer tudo o que for preciso para o conseguir”.

A dimensão e complexidade da obra podem ser um entrave para a realização da intervenção, mas o facto de estar previsto, no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o financiamento para a construção de residências para estudantes pode ajudar à sua concretização. “A direcção do IPT já visitou o edifício e ficou muito contente com o que viu e com as potencialidades do espaço”, vincou, sublinhando que o restante edifício poderá ser utilizado para “co-working, ou ninho de empresas”.

Anabela Freitas, presidente da câmara, também quis deixar a sua opinião sobre a importância de se construírem mais residências para estudantes, reforçando que a requalificação do Palácio de Alvim pode ser uma excelente alternativa para “povoar e levar mais jovens para viver no centro histórico da cidade de Tomar”.