Sociedade | 21-06-2021 18:00

Município de VFX recorre a garantia bancária para acabar obras na Malvarosa

Município de VFX recorre a garantia bancária para acabar obras na Malvarosa
POLÍTICA

Falta de equipamentos tem sido motivo de crítica entre moradores da populosa urbanização de Alverca e autarcas. Município vai uma vez mais fazer uso da garantia bancária cujo valor não se sabe se é suficiente para concretizar tudo o que estava projectado.

A Câmara de Vila Franca de Xira prepara-se para avançar com o projecto de execução e construção dos equipamentos desportivos em falta na Urbanização da Malvarosa, em Alverca do Ribatejo, substituindo-se ao promotor da obra que deixou esse e outros espaços públicos por concluir. O estudo prévio para a implementação dos equipamentos já está terminado.

Esta é mais uma tentativa do município para mitigar o descontentamento dos moradores da Malvarosa, a maior urbanização do concelho, com o estado de abandono e degradação de alguns espaços exteriores e falta de equipamentos públicos como jardins ou espaços de lazer, projectados pela construtora Obriverca.

O presidente do município, Alberto Mesquita, diz que as “infra-estruturas têm avançado, estando em franco desenvolvimento”, sendo disso exemplo a construção da passagem de nível superior que vai ligar a urbanização à superfície comercial Auchan atravessando a congestionada Estrada Nacional 10 e o abrigo feito junto às portagens da A1. O que falta saber, admite o autarca, é se o valor estimado da garantia bancária vai chegar para suportar os custos de tudo o que falta construir.

Imobiliário cresce e equipamentos públicos continuam por concluir

O autarca socialista falou do assunto na última reunião do executivo camarário após ter sido questionado pelo vereador do Bloco de Esquerda, Nuno Libório, que quis saber se havia perspectivas para a construção dos equipamentos em falta, entre os quais os desportivos e de lazer e uma infra-estrutura rodoviária.

O accionamento da garantia bancária no valor de 2,5 milhões de euros, depósito feito pelo promotor da urbanização que serve para assegurar que, em caso de incumprimento, a câmara municipal possa levantar esse dinheiro e concluir os trabalhos, demorou quase uma década a ser desbloqueado. Em causa, recorde-se, esteve o facto do Novo Banco, entidade bancária em que está depositada a garantia, ser também o principal credor da Obriverca SGPS, a sociedade gestora de participações sociais (holding) que servia de chapéu às restantes empresas do grupo, que estava na altura a ser liquidada judicialmente por dívidas que rondam os 392 milhões de euros. Só ao Novo Banco a holding devia 169,9 milhões de euros.

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