Sociedade | 26-07-2021 15:00

Meia centena de idosos obrigados a sair de lar para serem vacinados

Meia centena de idosos obrigados a sair de lar para serem vacinados
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Utentes do Lar São José, em Tomar, foram obrigados a deslocar-se ao centro de vacinação para serem inoculados contra a Covid-19. Anabela Freitas, presidente do município, diz que a autoridade de saúde teve falta de “bom-senso” e que devia ter sido deslocada uma equipa de enfermeiros para vacinarem os idosos na instituição.

Falta de bom-senso e de sentido de parceria foram os termos escolhidos por Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, para classificar o facto de a autoridade de saúde permitir que mais de meia centena de idosos, residentes no Lar de São José, tenham sido obrigados a deslocar-se ao centro de vacinação para a Covid-19, situado no Pavilhão Jácome Ratton. O desabafo deu-se durante a última reunião camarária, que se realizou na segunda-feira, 19 de Julho, véspera do acontecimento.

A autarca não compreende como é que se sujeita idosos, muitos deles acamados, a fazerem um trajecto de seis quilómetros, ida e volta, quando o aconselhável, e habitual, é deslocar uma equipa de enfermeiros para executarem o processo de vacinação nas instalações do lar. “Tenho que demonstrar o meu desagrado perante esta situação, porque o município tem feito tudo e mais alguma coisa para que as coisas corram bem. Mandaria o bom-senso que uma equipa de enfermeiros se deslocasse ao lar, até porque não sabemos se conseguimos garantir a totalidade dos transportes”, afirmou.

Anabela Freitas sublinhou ainda a possibilidade dos idosos, devido à acumulação de pessoas no local, terem de ficar muito tempo à espera para serem vacinados, situação que deveria ser evitada tendo em conta a fragilidade do seu estado de saúde. Sobre as razões para que, nesta altura do campeonato, ainda esteja a decorrer a vacinação em alguns lares do concelho, a presidente esclareceu que muitos utentes tiveram Covid-19 e a indicação da Direcção-Geral de Saúde (DGS) é que são precisos seis meses para os vacinar.

A autarca concluiu reforçando a ideia de que este processo precisa da boa-vontade e sensatez de todas as entidades, confessando ainda que esperava que a autoridade de saúde revisse a sua posição até ao dia seguinte, situação que não se verificou.

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