Apicultor tem cada vez menos mel por causa dos eucaliptos
O MIRANTE conversou com António Farinha, natural da Bemposta, que encontrou na apicultura a sua felicidade e garante que as abelhas são indispensáveis para a vida no planeta.
Desde que iniciou o seu projecto de apicultura, António Farinha nunca viu tão pouco mel; se no início da sua actividade conseguia retirar cerca de 40 quilos de mel por ano, agora a quantidade caiu para menos de metade. “Antigamente este local era um campo cheio de urze e rosmaninho, agora são campos de eucalipto. A plantação intensiva de eucaliptos promove a ocorrência de incêndios e põe em risco a continuidade da apicultura”, afirma com tristeza.
António Farinha, natural da Bemposta, concelho de Abrantes, considera que as condições ideais para as suas colmeias passam por estarem rodeadas de rosmaninho, a base do mel que vende aos seus clientes de várias décadas. Além disso, diz que as condições atmosféricas são fundamentais, pois se a seca persistir o rosmaninho não aguenta.
“Antigamente tínhamos uma espécie de mistura de rosmaninho com urze, ficava um mel mais escuro, multifloral, mas as urzes estão a desaparecer. O rosmaninho ainda vamos tendo e um mel à base de rosmaninho é considerado de excelência”, conta o apicultor que diariamente visita um dos seus doze apiários, uma vez que há sempre trabalho para fazer.
*Leia a reportagem completa na edição semanal em papel desta quinta-feira, 16 de Setembro