Sociedade | 08-12-2021 21:00

Mais energia através da biomassa ameaça milhares de empregos

Associação para a valorização da floresta de pinho alertou que o aumento da queima de biomassa para produzir energia ameaça milhares de empregos em Portugal.

O Centro Pinus, uma associação para a valorização da floresta de pinho, alertou que o aumento da queima de biomassa para produzir energia “ameaça milhares de empregos em Portugal”.

Em comunicado, a associação diz que a floresta em Portugal já não produz matéria-prima suficiente para abastecer as necessidades de todas as empresas, indústria e pequenas e médias empresas tradicionais, produtoras de “pellets” e as consumidoras de biomassa para fins energéticos.

“Uma possível reconversão da Central Termoelétrica do Pego de carvão para biomassa vai aumentar este desequilíbrio de forma muito significativa”, diz o Centro Pinus no documento, explicando que há no país atualmente grande falta de madeira e de biomassa vegetal residual, pelo declínio de recursos, especialmente do pinheiro-bravo, com um decréscimo de 37% entre 2005 e 2019.

A isso junta-se a opção política de incentivar a produção de eletricidade a partir da biomassa, que por falta de regulamentação permite que “alguns operadores queimem madeira e não biomassa florestal residual”, diz, citado no comunicado, o presidente do Centro Pinus, João Gonçalves.

“Um aumento relevante da produção de energia através da queima, alegadamente, de biomassa florestal residual – como é possível que aconteça com a reconversão de carvão para biomassa da Central Termoelétrica do Pego – irá colocar em risco milhares de empregos criados por este setor da economia, que representa mais de 3% do total das exportações de bens”, diz João Gonçalves.

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