Bombeiro espanca cão com barra de ferro em Vila Nova da Barquinha

Um operacional dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha foi filmado a espancar o seu cão com uma barra de ferro. A situação aconteceu em Atalaia e, segundo moradores, era frequente. O vídeo foi partilhado pelo grupo Intervenção Resgate Animal.
O grupo Intervenção Resgate Animal (IRA) partilhou um vídeo nas redes sociais que mostra um operacional da Associação de Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha a espancar um cão da raça labrador com uma barra de ferro. A situação aconteceu na freguesia de Atalaia e, segundo relatos de moradores, era frequente. O bombeiro, na casa dos 30 anos, tinha mais quatro cães que também apresentavam sinais de maus-tratos.
No dia em que o IRA visitou de surpresa a casa do bombeiro, e foi convidado pelo próprio a entrar na propriedade, reparou que o espaço destinado aos animais estava repleto de fezes, colchões ardidos, lixo, sucata, entre outras resíduos. O grupo diz que encontrou “um cachorro com cinco dias de vida cheio de pulgas, a mãe do cachorro com uma hemorragia e magríssima, um cão sénior magríssimo e completamente aterrorizado, uma cadela pitbull magríssima e claramente utilizada para reprodução e o cão que era espancado mais frequentemente.
A GNR (Guarda Nacional Republicana) foi chamada ao local e levantaram um auto de notícia por maus-tratos a animais de companhia. Os animais foram recolhidos pelo IRA e encaminhados para um hospital veterinário para avaliação comportamental e, se estiverem aptos, vão para adopção.
Corporação desconhecia maus-tratos
Num comunicado assinado pelo comandante, os Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha dizem desconhecer totalmente a situação, tendo conhecimento das mesmas através das redes sociais. Acrescentam que “não se revêm nas atitudes do elemento, repudiando as mesmas”.
O Corpo revela que o bombeiro voluntário, “sem qualquer contrato de trabalho”, solicitou a exonoração do seu cargo e função. “Fundamental será que os tribunais sejam exemplares na aplicação da Justiça (…)”, conclui.
Artigo desenvolvido na próxima edição impressa de O MIRANTE.