Reparar muro que ameaça casas em VFX vai custar 233 mil euros

Já foi lançado o concurso público para reparar com urgência um talude que está a ameaçar várias habitações no Bairro da Mata, em Vila Franca de Xira.
Reparar o muro de contenção de terras do Bairro da Mata, em Vila Franca de Xira, que abateu e está a colocar em risco os edifícios das proximidades há vários meses, vai custar um mínimo de 233 mil euros ao erário público. A proposta de lançamento do concurso público para adjudicar os trabalhos foi aprovada na última reunião de câmara de 2022, por unanimidade, e fixou um prazo máximo para a empreitada de 180 dias. Os trabalhos visam não só a reconstrução do muro de contenção, que colapsou parcialmente numa extensão de 18 metros, como também o reforço da restante extensão do muro.
A proposta municipal reconhece que a actual situação de derrocada “poderá colocar em risco os edifícios” e que a totalidade do muro existente poderá não ter capacidade de resistência ou dimensão adequada para segurar toda a força exercida pela encosta. O município estima que os encargos financeiros totais para a obra possam rondar os 233 mil euros já com impostos. O abatimento do muro que segura as terras da encosta é uma situação que tem alarmado os moradores da zona, como O MIRANTE já noticiou. As chuvas fortes fizeram as terras deslizar contra o muro, que não resistiu à pressão e está agora perigosamente tombado.
Diz quem ali vive que se nada for feito em breve as terras da encosta vão acabar por atingir os prédios. Hugo Roldão e Sérgio Ribeiro, administradores do condomínio Edifício da Mata, já fizeram chegar por várias vezes as suas preocupações ao município. A autarquia já tinha garantido estar a trabalhar numa solução em que as obras só poderiam avançar em 2023. O vereador David Pato Ferreira, da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), já tinha alertado em reunião de câmara para a perigosidade da situação, já que o paredão suporta a pressão de toda a encosta sobranceira aos prédios e o deslizamento de terras não facilitou a situação. “Moram ali pessoas e é preciso muito cuidado com este muro. Não podemos demorar a intervir”, apelou o autarca.