Sociedade | 22-04-2023 15:00

Uma semana de luta contra a falta de investimento no distrito de Santarém

Uma semana de luta contra a falta de investimento no distrito de Santarém
Em Benavente o protesto fez-se junto da Estrada Nacional 118

Mau estado das vias, falta de transportes públicos e cobrança de portagens foram algumas das reivindicações da população que saiu à rua em protesto numa iniciativa promovida pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do distrito de Santarém.

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Santarém faz um balanço positivo da semana de luta por melhores acessibilidades e mobilidade, que deu visibilidade à “ausência de investimento e de manutenção de infraestruturas” na região. Rui Raposo, do MUSP Santarém, afirmou que as iniciativas desenvolvidas ao longo da semana, que culminaram com acções em Torres Novas, para denunciar o mau estado das vias do concelho e em Santarém, em protesto pelo deficiente transporte público rodoviário, vêm “ao encontro daquilo que são preocupações e aspirações das populações em diversas áreas”. “O que está em causa é a ausência de investimento e de manutenção de infraestruturas e de equipamentos ao nível das acessibilidades e dos transportes, que fazem com que as populações reclamem uma correção dessa situação”, disse à Lusa.
Ao longo da semana o movimento promoveu iniciativas em Entroncamento, Tomar, Torres Novas, Santarém, Abrantes, Benavente, Salvaterra de Magos, Almeirim e Alpiarça, que abrangeram temas como os problemas sentidos pelas populações em estradas nacionais e municipais, a escassez e falta de qualidade na resposta dos transportes públicos rodoviários e ferroviários ou a cobrança de portagens em autoestradas onde não existem alternativas de qualidade.
As acções desenvolvidas incluíram, além do buzinão, distribuição de comunicados e contactos com as populações no Entroncamento, em defesa da modernização da estação ferroviária e da coordenação com o transporte rodoviário, e em Santarém, em protesto pela deficiente rede de carreiras, de ligação entre a cidade e as zonas rurais e entre transporte rodoviário e ferroviário, bem como dos transportes urbanos. Em Tomar foi divulgado um documento sobre a “abolição de portagens na A13” e realizada uma reunião com o Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo sobre acessibilidades e mobilidade entre unidades de saúde e em Torres Novas o protesto visou a degradação das vias do concelho.
Segundo o dirigente, podem vir a ser desenvolvidas outras acções, dando o exemplo da situação da ponte da Chamusca, que tem a decorrer a recolha de assinaturas, sendo objectivo que a petição a entregar na Assembleia da República chegue às 7.500 assinaturas para haver discussão em plenário.

Benavente reclama construção de variante

Em Benavente, na Estrada Nacional 118, junto às piscinas municipais, vários automobilistas juntaram-se num buzinão. O objectivo foi alertar para a necessidade de serem construídas as rotundas que estão projectadas para Benavente, construir a variante para retirar o trânsito pesado de Benavente e Samora Correia, melhorar a sinalização das passadeiras, acabar com as portagens da A10 e A13 e instalar mecanismos dissuasores de velocidade nos locais com mais acidentes. Domingos David, porta-voz da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos no concelho de Benavente, diz que os técnicos da Infraestruturas de Portugal (IP) têm identificados os pontos negros do município onde ocorrem mais acidentes rodoviários, e que só não avançam com as obras porque não querem. “Deixaram o distrito de Santarém fora do plano de investimentos. Não lançam os concursos nem levam a cabo os projectos. Mas a Nacional 118 tem sido a estrada da morte para muitos peões e condutores”, disse.

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