Aplicação de composto orgânico em Ulme levanta suspeitas
Há denúncias de uma descarga de lamas em Ulme. Autarcas falaram em crime, mas empresa esclarece que aplicaram composto orgânico.
As aplicações de um composto orgânico para revalorização agrícola de dezenas de hectares numa propriedade na Herdade Casal da Água da Prata, em Ulme, geraram uma enorme confusão política entre autarcas da Chamusca. Depois de, na assembleia municipal, se ter falado na possibilidade de ocorrência de um crime ambiental, devido a alegadas descargas de lamas na propriedade que é considerada como uma das maiores reservas de água no sub-solo do país, a empresa responsável pelo transporte (Grupo Santag) afirma a O MIRANTE que foram aplicados compostos orgânicos para limpeza de terreno com vista à implementação de um projecto com investimento superior a 40 milhões de euros numa fábrica de engarrafamento de água e um empreendimento turístico. Segundo a empresa está prevista a criação de várias dezenas de postos de trabalho com a instalação da fábrica e de uma unidade hoteleira. “A aplicação ou incorporação de composto agrícola nos solos visa a revalorização do local em si, sendo certo que o mesmo se encontrava degradado há largos anos e que a incorporação de composto agrícola não carece de PGL, uma vez que não estamos a lidar com lamas de ETAR, conforme exaustivamente exposto e facilmente demonstrável”, refere o grupo empresarial.