Sociedade | 22-05-2023 12:00

Autarca de Alpiarça arrasa projecto para requalificação da Escola José Relvas

A presidente da Câmara de Alpiarça diz que o projecto de reabilitação da Escola EB 2,3 José Relvas não reflectia a realidade, tinha erros grosseiros e obrigou a uma reformulação que quase duplicou o preço da empreitada.

O projecto inicial de requalificação da Escola EB 2,3 José Relvas de Alpiarça não previa a resolução de alguns graves problemas estruturais no edifício, nomeadamente fissuras, e a sua reformulação levou a que o valor previsto para a intervenção passasse de 2.377.994 euros para 3.804.779 euros. As obras decorrem desde Dezembro de 2021. A situação foi criticada pela presidente da Câmara de Alpiarça, a socialista Sónia Sanfona, na última sessão da assembleia municipal, onde referiu que havia um conjunto de problemas no edifício que não tinham intervenção prevista.
“Se pudéssemos atender a todos os pedidos que nos chegam da direcção da escola teríamos que fazer um projecto novo, para além de tudo o que já fomos atendendo porque entendemos que são pedidos essenciais. Temos casos em que aparecem no projecto de salas em locais onde não existem salas, paredes onde não existem paredes e salas que estão identificadas como salas de aula que nunca foram salas de aula. A portaria apresenta condições indignas e não está qualquer intervenção prevista. Existem blocos de salas de aula que não tinham pintura exterior prevista”, criticou.
“Ao carregarmos o caderno de encargos na plataforma digital ficou um conjunto de trabalhos de fora, e esses trabalhos equivalem a dezenas de milhar de euros que não conseguimos recuperar. Existem erros e omissões no projecto que equivalem a outras dezenas de milhares de euros que não vamos conseguir recuperar. Além dos trabalhos a mais que tivemos que colocar por necessidade imperiosa da escola ficar com condições efectivas”, acrescentou Sónia Sanfona. O projecto veio do anterior mandato, quando a câmara era gerida pela CDU.
A autarca disse que a autarquia teve que abdicar de um montante aprovado para um projecto previsto para a barragem dos Patudos para alocar à obra da escola. “Tivemos que avançar com obras no refeitório porque está muito necessitado e não estava prevista nenhuma intervenção”, lamentou, acrescentando que foi necessário também adquirir mobiliário novo para equipar as salas.
O executivo liderado por Sónia Sanfona pretende que a obra esteja concluída antes do início do novo ano lectivo e é fundamental encerrar a obra financeiramente antes do final do ano para não perderem financiamento comunitário.

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