Sociedade | 18-06-2023 07:00

Depósitos com matérias perigosas finalmente retirados da Fabrióleo em Torres Novas

Depósitos com matérias perigosas finalmente retirados da Fabrióleo em Torres Novas
Os 13 depósitos que continham entre 80 a 120 metros cúbicos, cada um, de matérias perigosas foram removidos da Fabrióleo, localizada em Carreiro da Areia, concelho de Torres Novas. Foto Basta

Mais de uma dezena de depósitos contendo líquidos contaminados foram esvaziados e removidos da antiga fábrica de transformação de óleos, situada em Carreiro da Areia. Câmara de Torres Novas diz que desmantelamento da ETAR onde permanecem mais de quatro mil metros cúbicos de matérias perigosas está para breve.

Os 13 depósitos verticais que continham entre 80 e 120 metros cúbicos, cada um, de matérias perigosas foram removidos da Fabrióleo numa acção levada a cabo pelo administrador de insolvência da antiga fábrica de transformação de óleos vegetais localizada em Carreiro da Areia, no concelho de Torres Novas. A informação foi dada na última reunião do executivo da Câmara de Torres Novas pelo presidente do município, Pedro Ferreira e pelo vereador com o pelouro do Ambiente, João Trindade. Os autarcas destacaram o acompanhamento regular com o administrador de insolvência que permitiu tornar mais célere o processo de desmantelamento.
“Durante muitos anos o executivo camarário foi castigado, quase a dar a entender que pouco ou nada estávamos a fazer para a resolução da Fabrióleo”, afirmou o presidente do município, acrescentando que os resultados do interesse e acompanhamento do município já se está a reflectir com o desmantelamento dos 13 depósitos.
O próximo passo será a remoção, recolha, transporte e tratamento dos resíduos perigosos depositados na Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI), através do protocolo assinado a 6 de Março entre a Câmara de Torres Novas, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Acção Climática. Sobre esta acção, o vereador João Trindade adiantou que está a ser finalizada a “documentação necessária para o lançamento do concurso internacional” para adjudicação dos trabalhos que visam a remoção de aproximadamente 4.200 metros cúbicos de líquidos que são perigosos e que têm que ser encaminhados para locais adequados.
“Julgo que num par de semanas teremos tudo pronto para iniciar esse processo que levará então à remoção dos efluentes contidos na ETAR e assim dar início a esta segunda fase”, disse o vereador do Ambiente, explicando que após esta acção será ainda necessário intervir sobre o edificado da antiga fábrica e limpeza dos terrenos envolventes e linha de água.

Fábrica fechada por ordem do tribunal

A empresa, recorde-se, encerrou depois de uma decisão do Tribunal Central Administrativo Sul, em Junho de 2020, depois de, em 2018, a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) ter decretado o fecho da fábrica de reciclagem de óleos. Desde o encerramento da fábrica foram ocorrendo escorrências de líquidos contaminados para os terrenos adjacentes e Ribeira da Boa Água, o que levou o município a colocar barreiras de contenção. A construção da ETARI nunca foi, segundo Pedro Ferreira, aprovada pelo município nem houve qualquer pedido de parecer feito pela empresa.

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