Recomendação para requalificação do Mercado de Torres Novas chumbada na assembleia municipal
Bancadas do PS e Movimento P'la Nossa Terra inviabilizaram a recomendação do Bloco de Esquerda. A primeira porque já existe um projecto de requalificação para o mercado e a segunda por não concordar que os vendedores sejam isentos de taxas até haver obras de fundo.
O Partido Socialista e o Movimento P'la Nossa Terra (MPNT) votaram contra a recomendação apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) para a requalificação do Mercado Municipal de Torres Novas que acabou assim por ser chumbada na sessão da assembleia municipal de 26 de Setembro, apesar dos votos favoráveis do BE, CDU, PSD e do presidente de junta da União de Freguesias de Olaia e Paço.
Rui Alves Vieira (BE) apresentou a recomendação que pede que a Câmara de Torres Novas olhe para o Mercado Municipal de Torres Novas como “uma prioridade política e um local de investimento urgente” que precisa de ser dotado de “um conjunto valências imprescindíveis à sua revitalização”, uma vez que “apresenta graves sinais de degradação que têm conduzido a uma perda acentuada de vendedores e compradores”. O documento defende também a implementação de “novas regras” de estacionamento, nomeadamente a sua permissão até às 14h00 em todos os espaços limítrofes que o permitam sem interferir no normal fluxo de trânsito e a isenção de taxas aos vendedores, “enquanto não se realizarem obras de fundo” no edifício.
Foi este ponto da recomendação que levou o Movimento P'la Nossa Terra a votar contra o documento. Depois de concordar que o mercado municipal apresenta “graves sinais de degradação” e que o estacionamento é, de facto, um problema, a eleita Ana Batista, anunciou que o MPNT só votaria favoravelmente caso o tópico da isenção de taxas fosse retirado do texto, o que não aconteceu.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Torres Novas, o socialista Pedro Ferreira, explicou que está a ser finalizado um projecto de requalificação do mercado municipal e que o concurso para a empreitada deverá ser lançado em 2024. Um anúncio que justificou, indirectamente, os votos contra dos eleitos do PS.