Sindicatos prometem luta contra corte de apoios na Cimpor
Em causa estão complementos na assistência à doença.
A Cimpor, empresa que tem uma unidade de produção em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, decidiu cortar na assistência à doença aos trabalhadores e reformados da empresa e a decisão já veio merecer a contestação dos sindicatos.
Em comunicado, a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom) considera a decisão inadmissível e promete desencadear acções de luta para tentar reverter a situação.
“A administração da Cimpor (empresa pertencente ao pertencente ao grupo turco Oyak) anunciou a retirada dos complementos de assistência na doença aos actuais e futuros reformados e suas famílias, a partir de 20 de Outubro, afectando de imediato 1.300 beneficiários”, informa a Feviccom.
Para os sindicatos a decisão é inaceitável numa empresa com mais de 135 milhões de euros de lucros líquidos nos últimos quatro anos, retirando um benefício que, no entender dos sindicalistas, pertence por direito próprio aos trabalhadores. “Os trabalhadores da Cimpor não podem ser usados para a obtenção de resultados e descartados quando se trata de usufruir de benefícios conquistados há décadas”, criticam.
A Feviccom garante que está a discutir a medida e a decidir realizar acções de luta para reverter a decisão da administração. “Os sindicatos assumem ainda o apoio a todas as iniciativas que os reformados da Cimpor venham a levar a efeito para assegurar a manutenção de um direito que a todos diz respeito”, concluem. O MIRANTE contactou a Cimpor sobre este assunto mas não recebeu qualquer resposta até à data de fecho desta edição.