Hoje assinala-se o Dia Mundial da Poupança
Em tempos de crise é quando as famílias mais poupam e se tornam menos despreocupadas com o destino a dar ao dinheiro. A propósito do Dia Mundial da Poupança, que se assinala a 31 de Outubro, O MIRANTE conversou com Rui Alves Veloso, natural de Alhandra, especialista em assuntos económicos e editor geral da RTP.
Mesmo que o ordenado mensal pareça curto quando entra na conta, a melhor dica de poupança é pagar a si primeiro, colocando de lado um valor fixo como se fosse uma despesa regular. Pode custar no imediato mas é a melhor forma de conseguir meter algum dinheiro de lado para uma emergência.
A dica é deixada a O MIRANTE por Rui Alves Veloso, especialista em assuntos económicos e editor geral da RTP. Natural de Alhandra e residente na Castanheira do Ribatejo, o jornalista explica que há várias formas de poupar, por exemplo, gastando apenas a água necessária ou ter o cuidado de apagar as luzes que não estão a ser usadas e aproveitar da melhor forma as promoções nos supermercados. Há, no entanto, um método que pode ser mais vantajoso.
“A prática mais comum das famílias é pagar as contas, gastar em alguns extras e pôr de lado o que eventualmente sobre. Muitas vezes pouco ou nada. Com o método “pague-se a si mesmo” a ideia é que quando se recebe o ordenado põe-se logo de lado uma determinada quantia fixa todos os meses, depois paga-se as contas obrigatórias como a casa, alimentação, luz ou água. Os extras são feitos ou adquiridos em função do que possa sobrar”, explica. O método implica disciplina mas é uma boa prática para quem esteja disposto a abdicar de determinadas necessidades imediatas, até mesmo de alguns prazeres no presente, em nome de um futuro financeiro mais desafogado.
Também ele já começou a poupar em casa. “Se tiver de cortar é no que é mais supérfluo”, confessa. No entender do especialista a sociedade já vem interiorizando, desde a crise de 2008, que não se pode gastar mais do que aquilo que se recebe mas ainda faltam estímulos à poupança em Portugal, admite, incluindo políticas que levem as famílias a poupar e instrumentos que estimulem as poupanças. E a literacia financeira devia ser obrigatória na opinião do especialista.
* Reportagem para ler na íntegra na próxima edição impressa de O MIRANTE