Trabalhar para pagar a renda é um pesadelo que continua no novo ano
O novo ano arranca com a descida da Euribor mas com as rendas a sofrer o maior aumento em 30 anos. O MIRANTE foi ouvir cinco testemunhos na primeira pessoa de cidadãos que estão sempre a fazer contas à vida.
Teresa trabalha mas aos 39 anos não consegue pagar uma casa. Nuno vai-se desenvencilhando com o cartão de crédito e Marisa teve de começar a fazer limpezas para ganhar um salário extra e conseguir pagar o crédito à habitação. O novo ano arranca com a descida da Euribor mas com as rendas a sofrer o maior aumento em 30 anos.
Perto de fazer 40 anos e a estrear-se num novo emprego, Ana Rita Ferreira decidiu que era a oportunidade certa, e necessária, para deixar a casa da mãe, em Samora Correia, e ir morar sozinha. Não levou muito tempo a aperceber-se da dificuldade em encontrar uma habitação que pudesse arrendar, mas lá acabou por encontrar um apartamento “de apenas um quarto pequeno” por 500 euros. É, no entanto, incerto até quando conseguirá suportar uma despesa que lhe absorve mais de metade do ordenado, que é o mínimo. “Foi o mais barato que consegui encontrar. Vai fazer um ano que estou aqui e continuo à procura de um que seja mais em conta. Chegam a pedir-me 700 euros mais dois meses de caução por um T1. É impossível, muito mais para quem vive sozinho”, diz a O MIRANTE.