Alguns pontos estratégicos da cidade de Torres Novas vão passar a contar com um sistema de videovigilância para garantir a segurança de pessoas e bens e contribuir para a redução da criminalidade. O procedimento para a instalação das câmaras já foi iniciado pela Câmara de Torres Novas em articulação com a Polícia de Segurança Pública (PSP) mas poderá ainda demorar alguns anos.
Na última reunião pública do executivo da Câmara de Torres Novas o presidente do município, Pedro Ferreira, fez saber que se trata de um “processo moroso” que poderá levar “quatro ou cinco anos” a concretizar-se. “Da parte da câmara a videovigilância é importante sobretudo em zonas em que mais caracteristicamente acontecem coisas que não queríamos que tivessem acontecido”, afirmou o autarca, esclarecendo que os aparelhos electrónicos ficarão à responsabilidade da PSP, a única entidade que terá acesso às imagens captadas.
Recentemente, no concelho de Torres Novas, a PSP registou duas tentativas de rapto a mulheres, uma delas perpetrada em plena luz do dia (ver notícia nesta edição), o que, juntamente com outras situações, nomeadamente assaltos, levou a que se instalasse um clima de insegurança entre a comunidade.
Pedro Ferreira adiantou já ter tido várias reuniões com o comando da PSP de Torres Novas nas quais lhe foram revelados dados relativamente à criminalidade, que “não servem de conforto”, mas que, ainda assim, são menores comparativamente com outros concelhos da região. Embora, ressalvou, um caso chegue para ser motivo de preocupação.
A instalação de câmaras para protecção da população foi tema inicialmente levantado na reunião pelo vereador do PSD, Tiago Ferreira, que propôs a realização de um estudo para a colocação das mesmas em algumas zonas estratégicas da cidade. “Se somos olhados como um concelho seguro temos que ter atenção aos casos e relatos que temos tido nas últimas semanas (…) Há um clima de insegurança que as pessoas sentem na rua face a assaltos que tem havido”, disse, sublinhando que as câmaras de videovigilância “podem ser ajuda para a resolução de alguns problemas”.
Na região Santarém é uma das cidades onde este sistema já está montado, neste caso no centro histórico da cidade e na zona da estação ferroviária, na Ribeira de Santarém. Noutros concelhos, como Tomar, foram já firmados protocolos para a sua implementação.