Procura turística em Coruche tem vindo a subir
O Observatório do Sobreiro e da Cortiça recebeu o 2º Encontro de Turismo de Coruche, onde se debateu e reflectiu sobre temáticas emergentes, envolvendo empresários, académicos, especialistas e responsáveis municipais que pretendem abrir caminho a novos projectos e oportunidades.
Da iniciativa ressaltou a ideia de que o trabalho colaborativo entre os vários agentes do sector é fundamental.
Verifica-se um crescimento da procura e do interesse pelo território de Coruche, em particular no que respeita ao investimento em alojamento local e empreendimentos turísticos. Existem mais pessoas a recorrer ao posto de turismo, mais pessoas a pernoitar nas áreas de serviço para autocaravanas e, de acordo com o INE (Instituto Nacional de Estatística), uma maior taxa de ocupação nos alojamentos locais”, explicou Carlos Palmeiro, técnico superior do Serviço de Turismo e Organização de Eventos do município de Coruche, durante o 2º Encontro de Turismo de Coruche.
O Observatório do Sobreiro e da Cortiça recebeu a 18 de Janeiro o 2º Encontro de Turismo de Coruche, onde se debateu e reflectiu sobre temáticas emergentes, reunindo empresários, académicos, especialistas e responsáveis municipais que pretendem abrir caminho a novos projectos e oportunidades. A sessão de abertura esteve a cargo do presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, e contou com a participação do secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, António Torres, e do professor coordenador do ISLA Santarém, Vasco Ribeiro.
Carlos Palmeiro, técnico do Serviço de Turismo e Organização de Eventos da Câmara de Coruche, apresentou dados relevantes para a prossecução da Estratégia para o Turismo 2021-2026: Diferenciar Coruche. As intervenções abordaram temas diversificados, desfiando ideias, projectos e experiências sobre os desafios colocados ao desenvolvimento do turismo de Coruche para 2024.
Numa sessão com mais de meia centena participantes, Francisco Oliveira observou a necessidade de fomentar a criação de ‘redes colaborativas’ que permitam aos operadores turísticos chegar mais além em termos de actividade económica e de negócio, bem como no que respeita à promoção do produto turístico integrado. O autarca referiu que os territórios do mundo rural têm um produto turístico diferenciado, de natureza, aventura, paisagem, observação de aves, entre outros, cujos fluxos turísticos têm de saber aproveitar-se. Constatou também ser necessário fixar e atrair população para dinamizar a vertente económica.
“Quem tem um castelo ou uma praia tem um produto turístico desde sempre. Quem não tem um produto turístico destes tem de criá-lo, promovê-lo”, referiu Francisco Oliveira, lamentando verificar “alguma apreensão para o trabalho em colectivo, algo que tem de ser ultrapassado com maior abertura da parte dos operadores turísticos para encararem o trabalho colaborativo entre si”.
A sessão promovida pela Câmara de Coruche teve também o intuito de facilitar e promover a criação de produto turístico em rede, entre operadores. António Torres apresentou e debateu o Plano Estratégico de Turismo Sustentável da Lezíria do Tejo 2030, a que se seguiu a exposição das tendências da procura turística em 2024 por Vasco Ribeiro, professor coordenador do ISLA Santarém.