Sociedade | 09-02-2024 15:00

António Rodrigues chama “juíza das festas” à vereadora da Cultura em Torres Novas

António Rodrigues chama “juíza das festas” à vereadora da Cultura em Torres Novas
Presidente de Torres Novas, Pedro Ferreira (ao centro), classificou a expressão como sendo um momento "absolutamente indecoroso"

O vereador da oposição António Rodrigues estava a questionar o porquê de o Teatro Virgínia não ter um director artístico quando se referiu à vereadora da Cultura Elvira Sequeira como sendo a juíza das festas daquele espaço de artes. Presidente do município de Torres Novas repudiou as palavras do seu antecessor, agora autarca independente.

O vereador do Movimento P’la Nossa Terra na Câmara de Torres Novas, António Rodrigues, dirigiu-se, em plena reunião pública do executivo municipal, à vereadora com o pelouro da Cultura, Elvira Sequeira (PS), como sendo a “juíza das festas” que controla os espectáculos que se realizam no Teatro Virgínia. “O Virgínia é uma sala de espectáculos. Temos a juíza da festa que é a senhora vereadora e temos os festeiros. O Virgínia tem sido palco, e bem, de bons espectáculos, mas tem sido mais um palco para consumo do que para a formação”, disparou o eleito independente que já foi presidente daquele município pelo Partido Socialista.
Voltando a utilizar a mesma alcunha para se dirigir à vereadora, António Rodrigues criticou que aquele teatro não tenha um director artístico e que, por esse motivo, não possa recorrer a apoios da Direcção Geral das Artes (DGArtes). “Há quatro anos que a câmara não pode concorrer, precisamente porque não tem um director artístico, tem a juíza das festas”, vincou, defendendo que a presença de um director iria dar “outra dimensão” ao Virgínia.
Antes de passar a palavra a Elvira Sequeira, o presidente do município, Pedro Ferreira (PS), não deixou passar ao lado a expressão usada pelo vereador independente para se dirigir à vereadora, que classificou como sendo “absolutamente indecoroso”.
Dando pouca importância às palavras de António Rodrigues, que se defendeu dizendo que foi “delicado” e “irónico”, e elogiando o trabalho dos juízes e juízas de festas, a vereadora da Cultura foi directa ao tema da ausência de um director artístico, explicando que todos os anos o orçamento municipal tem uma verba destinada a esse cargo que só será preenchido quando surgir alguém com “características” que entendam como “sendo uma mais-valia para o concelho”.
Elvira Sequeira esclareceu ainda que o Virgínia tem grupos de formação para todas as idades, com três grupos de teatro e ligação com as escolas do concelho. Quanto ao facto de não concorrerem aos apoios da DGArtes, a autarca disse tratar-se de uma opção uma vez que não foram bem tratados no passado e que esse tipo de financiamento “restringe o tipo de espectáculos que se podem fazer num teatro que é municipal e que é pago pelos munícipes. As opções são nossas e para o nosso povo, não é para os de fora nem para as estruturas que vivem disto com o apoio da DGArtes”, afirmou, destacando os “espectáculos e qualidade e adesão grande” do público.

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