Sociedade | 24-02-2024 13:34

Deslizamento de terras nas encostas de Santarém faz soar de novo os alarmes

Deslizamento de terras nas encostas de Santarém faz soar de novo os alarmes
FOTO DR

A instabilidade das barreiras que delimitam o planalto de Santarém é um problema secular. Apesar das obras já feitas em encostas consideradas prioritárias, as terras continuam a deslizar. Desta vez foi junto à muralha medieval sobranceira à Estrada de Alfange.

As encostas que delimitam o planalto citadino de Santarém voltaram a dar sinal de instabilidade, com um deslizamento de terras e pedras com alguma dimensão junto a um troço da muralha medieval sobranceira à Estrada de Alfange. O episódio aconteceu há alguns dias e já foi objecto de avaliação por técnicos especialistas. Para já a estrada que dá acesso ao bairro ribeirinho de Alfange mantém-se aberta ao trânsito e a estabilidade da encosta deverá ser monitorizada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

Na sessão da Assembleia Municipal de Santarém de sexta-feira, 23 de Fevereiro, o assunto foi levantado por vários eleitos, com o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), e o vereador Nuno Domingos (PS), a informarem que estão a ser dados passos para avançar com o procedimento que permita a intervenção naquela zona. Os autarcas referiram também que no ano passado o município conseguiu garantir 2,5 milhões de euros para intervir nalguns troços de muralhas considerados prioritários, que são propriedade do Estado.

Antes dessa derrocada junto às muralhas próximas do Jardim das Portas do Sol, tinha-se registado, em Janeiro, outro deslizamento de terras, neste caso na Ribeira de Santarém, num talude junto à Linha do Norte. Esse incidente obrigou a cortar um dos sentidos do trânsito rodoviário na Estrada da Estação, no sentido poente-nascente. O presidente da câmara informou que a empresa pública Infraestruturas de Portugal se comprometeu a intervir com celeridade para reparar essa situação e assim repor a normalidade do trânsito na zona.

Ricardo Gonçalves recordou que recentemente ficou concluída a primeira fase do plano global de estabilização das encostas de Santarém, cujas obras duraram anos, incidindo nas zonas da encosta de Santa Margarida e na Ribeira de Santarém. Há no entanto várias outras encostas a necessitar de intervenção na cidade. Para tal é necessário garantir financiamento, que o autarca estima que ande entre os 12 e os 13 milhões de euros.

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