Porto fluvial de Castanheira do Ribatejo continua por desencalhar
Projecto apresentado há 13 anos tem enfrentado marés complicadas. Existe aprovação da Agência Portuguesa do Ambiente e desde 2018 que se fala que a abertura do porto está para breve. Na última semana o assunto voltou à baila.
Já passaram seis anos desde que a empresa promotora do novo porto fluvial de mercadorias em Castanheira do Ribatejo, concelho de Vila Franca de Xira, prometeu que o espaço entraria em funcionamento, sem que nada tivesse acontecido. Depois de vários anúncios, os promotores do projecto vieram dar nota na última semana, ao jornal Eco, de que o projecto já tem luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente e que a empresa promotora do espaço, o grupo ETE, já tem nas mãos as propostas das empresas candidatas à construção do equipamento. Luís Figueiredo, citado por aquele órgão, assegura que a adjudicação dos trabalhos avançará ainda este ano. Algo que já havia sido anunciado em 2018, como O MIRANTE noticiou, quando a empresa dizia esperar ter o porto fluvial pronto a operar no ano seguinte, 2019.
O investimento, recorde-se, ronda os seis milhões de euros e ocupará uma área de dois hectares para parqueamento de contentores, suficiente para quatro barcaças. O serviço, estima a empresa, deverá estar à disposição das empresas a partir de 2026. Cada viagem entre a barcaça e o rebocador, até Castanheira do Ribatejo, terá capacidade para até 100 contentores e o volume dependerá da futura adesão das empresas.
Apesar do rio estar fortemente assoreado nas margens praticamente até Azambuja, o gestor afiança que as barcaças não necessitam que o rio seja dragado e que por isso conseguirão, se necessário, ir carregadas até Santarém. O projecto inicial, recorde-se, foi apresentado há 13 anos e sempre recebeu luz verde e elogios da Câmara de Vila Franca de Xira, mas sofreu com a estagnação da evolução da ocupação da Plataforma Logística da Castanheira do Ribatejo e instabilidade governativa no que toca à legislação sobre os portos fluviais nacionais.