Sociedade | 01-03-2022 15:00

400 mil euros para resolver problemas estruturais no cemitério de Vila Franca de Xira

Cemitério de Vila Franca de Xira precisa de obras urgentes de 400 mil euros

O cemitério municipal de Vila Franca de Xira está com problemas estruturais severos decorrentes de fundações deficientes e precisa de obras urgentes de 400 mil euros para impedir que entre em derrocada.

O cemitério municipal de Vila Franca de Xira está com problemas estruturais severos decorrentes de fundações deficientes e precisa de obras urgentes de 400 mil euros para impedir que entre em derrocada. Os trabalhos visam a estabilização e a reparação dos muros de contenção, das escadas e de outras infra-estruturas localizadas no cemitério dado o elevado estado de deterioração dos mesmos.
Os problemas estão associados não só à antiguidade das estruturas mas também devido ao fenómeno de instabilização existente a uma maior profundidade provocado pelos terrenos de fracas competências geomecânicas e à inclinação desfavorável da encosta onde o cemitério foi construído, explica-se na proposta concursal. O lançamento do concurso público foi aprovado por unanimidade na última reunião pública do executivo.
A obra permitirá salvaguardar a integridade do espaço e a segurança de pessoas e bens, correspondendo também a uma intervenção do interesse público atendendo ao facto de se localizar no perímetro urbano, adjacente à Estrada Nacional 10 que é uma via estruturante. O valor base do concurso é de cerca de 400 mil euros mais IVA e o prazo de execução da obra é de um ano.

Última morada de ilustres
Datado do século XIX o cemitério está localizado na entrada sul da cidade, ao longo de uma encosta virada a Este e tem a entrada principal pela Rua Luís de Camões, convergindo a Norte com a Calçada da Costa Branca. É considerado um museu a céu aberto devido às diferentes lápides e jazigos imponentes que apresenta com vista privilegiada para o rio Tejo.
O cemitério tem uma área de 10.500 metros quadrados divididos em vários talhões onde estão ilustres vilafranquenses como Noel Perdigão, Faustino dos Reis Sousa, Alves Redol, Barreto Poeira, Vasco Teles da Gama, Ricardo Silva “Pitó”, José Mestre Baptista, José Falcão, Manuel Burrico, Raúl de Carvalho, Fausto Nunes Dias, Vasco Moniz, Artur César Pereira ou António Lúcio Baptista.
Desde 2000 que o cemitério tem sofrido alterações devido aos crescentes constrangimentos e falta de espaço para novas campas tendo sido colocados ossários verticais. Está hoje dotado de seis edificações para inumação vertical com capacidade para 627 nichos de consunção aeróbia e 1.727 campas de inumação em terra, das quais 897 são a título concessionário.

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