Sociedade | 19-05-2022 14:09

<strong>Acelerador de empresas que está a ser construído no Tagusvalley já tem capacidade lotada</strong>

FOTO DR

Câmara de Abrantes já pensa em criar mais edifícios iguais para dar resposta à procura.

O acelerador de empresas que a Câmara de Abrantes está a construir no Tagusvalley, cuja conclusão da obra está prevista para o próximo mês de Julho, já tem a sua capacidade lotada. O interesse das empresas tem sido superior à capacidade do edifício. O presidente da Câmara de Abrantes não esconde o orgulho pelo sucesso deste investimento e o município já está a preparar novas candidaturas para construírem mais aceleradores de empresas que estão previstos para lotes contíguos.

O acelerador de empresas que a Câmara de Abrantes está a construir no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia – ainda não está concluído e já tem a sua capacidade lotada. A informação foi dada pelo presidente do município, Manuel Valamatos, durante uma visita ao local. “O interesse demonstrado pelas empresas para se instalarem é superior à capacidade à capacidade do edifício. Por isso já estamos a preparar novas candidaturas para investirmos na construção de mais aceleradores previstos para lotes contíguos. O objectivo é procurar financiamento comunitário”, explicou o autarca.

Este investimento foi alvo de uma candidatura no âmbito do programa comunitário CENTRO 2020, num processo conduzido pela Agência Nacional de Inovação relativamente a Parques de Ciência e Tecnologia e equivalentes. A empreitada tem um prazo de 12 meses e o valor adjudicado foi de cerca de 451 mil euros, sendo a empresa Tecnorém – Engenharia e Construções S.A. – a responsável pela obra. O contrato foi assinado com a empresa a 4 de maio de 2021. Do investimento total 85% foi comparticipado pelo Programa Operacional Regional CENTRO 2020. Está previsto a obra terminar em meados de Julho.

O presidente do município explicou que o objectivo é dar oportunidade de acolhimento empresarial na região permitindo que os empresários possam “queimar etapas” antes de se lançarem no mercado por sua conta. “Os aceleradores de empresas destinam-se a acolher empresas externas de base tecnológica ou para integração de empresas oriundas do Inov.Point (Centro de Inovação, Incubação e Desenvolvimento de empresas), situado no Tagusvalley.

A presidente da direcção do Tagusvalley referiu que este é o culminar de uma expectativa aguardada há muito tempo para este local, tendo em conta a evolução do parque ao longo das últimas décadas. “Fomos percebendo que havia uma necessidade e uma falha em termos de disponibilidade de espaço. Aqui temos contacto com empresas que estão a dar os primeiros passos e precisam de um espaço limitado ou de co-working e a incubação é suficiente para avançar com a ideia de negócio. Quando estas empresas crescem precisam de mais espaço e acelerar o seu modelo de negócio”,afirmou Ana Paula Grijó.

O acelerador de empresas é um edifício espaçoso, alto, composto por três módulos, de 286 metros quadrados (m2) cada. Cada empresa pode estabelecer-se nos módulos que quiser, consoante a necessidade e após análise do Parque de Ciência e Tecnologia. Manuel Valamatos recordou que há cerca de 15 anos que se pretende avançar com este edifício. “Queremos fomentar o empreendedorismo, promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico das empresas, assim como o desenvolvimento de investigação aplicada nos sectores alimentar, tecnologias de informação, energia e metalomecânica. Sinto orgulho por o Tagusvalley ter condições para as empresas crescerem e consolidarem a sua actividade dando entrada no mercado”, sublinhou o autarca, acrescentando que o município pretende construir mais sete aceleradores de empresas nos terrenos do Tagusvalley.

Paula Grijó sublinhou que o Parque de Ciência e Tecnologia, em Alferrarede, teve um aumento significativo de procura de co-working contando, actualmente, com cerca de duas dezenas de trabalhadores no espaço de co-work do Tagusvalley. No entanto, existe um regulamento que prevê um prazo limitado da cedência do espaço às empresas, que será adequado consoante a actividade, evolução e necessidade de cada empresa.

A directora do Tagusvalley destacou que a construção dos edifícios de aceleradores de empresas suprime uma falha de mercado na região do Médio Tejo dando resposta à elevada procura por edifícios polivalentes para instalação de empresas de base tecnológica que precisam de espaços industriais ou áreas de serviço próximos das principais redes viárias (auto-estradas) e ferroviárias.

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