Sociedade | 14-01-2022 07:00

Águas de Santarém perdeu 330 mil euros de receitas mas não altera tarifário

Ramiro Matos, presidente do conselho de administração da Águas de Santarém, diz que a manutenção do tarifário representa um grande esforço por parte da empresa.

Apoios concedidos por causa da pandemia reflectiram-se nas contas da empresa municipal. Factura da água não sofre actualização em 2022 mas já se antevêem aumentos para o ano.

A empresa municipal Águas de Santarém estima em 330 mil euros a quebra de receitas, em 2021, resultante dos apoios directos e indirectos destinados a famílias, empresas e instituições num ano marcado pela pandemia de Covid-19. Apesar dessa diminuição de proveitos, a empresa decidiu manter inalterado o tarifário de água e saneamento básico no concelho Santarém em 2022, embora para o próximo ano se preveja já um reajuste de preços.

Na reunião de câmara onde foi aprovado o tarifário para 2022, o presidente do conselho de administração da Águas de Santarém, Ramiro Matos, explicou que decidiram manter o tarifário tendo em conta que, durante o primeiro semestre do corrente ano, irá ser revisto o contrato de gestão delegada com a Câmara de Santarém, que já tem alguns anos. E isso deverá ter implicações nos preços a praticar já em 2023.

Ramiro Matos referiu que a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) recomenda às entidades que operam nas áreas do abastecimento de água, saneamento básico e resíduos sólidos urbanos que tenham receitas que cubram os custos de exploração de cada uma dessas áreas. O que deverá repercutir-se nas facturas, até porque, sublinhou o administrador da Águas de Santarém, não se podem afectar proveitos de um sector para colmatar o défice de exploração de outro. No caso da Águas de Santarém, o sector do saneamento continua a ser deficitário, disse.

O administrador destacou ainda que 2021 foi um dos anos de maior investimento por parte da Águas de Santarém, com um valor contabilizado de quase 4 milhões de euros até Novembro. E acrescentou que a manutenção do tarifário representa um “grande esforço” da empresa, tendo em conta o aumento de preços no sector das obras e a inflação prevista para 2022.

O tarifário foi aprovado na reunião de câmara de 10 de Janeiro, com os votos favoráveis dos eleitos do PSD e do PS e o voto contra do vereador do Chega, que justificou a sua posição com os elevados custos de alguns serviços prestados pela Águas de Santarém, nomeadamente a substituição de contadores, a suspensão ou o restabelecimento do serviço ou verificações extraordinárias. Ramiro Matos respondeu dizendo que se trata de situações extraordinárias que, mesmo assim, dão prejuízo apesar dos valores cobrados.

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