Sociedade | 03-10-2022 20:59

AIPNE vai ter novas instalações em Alverca e inaugura horta 

Autarcas e utentes reunidos no primeiro passo para o futuro da AIPNE – Associação para a Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais

A Associação para a Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais assinou a 21 de Setembro o contrato de comodato para as suas novas instalações na antiga escola da Travessa do Valongo, em Alverca.

Depois de quase uma década a reivindicar um novo espaço na cidade de Alverca a Associação para a Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais (AIPNE) conseguiu finalmente ter uma nova casa. O contrato de comodato assinado pelo presidente da AIPNE, João Paulo Silva, o presidente da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Cláudio Lotra, e o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, concede à AIPNE o uso do espaço da antiga escola primária incluindo o seu exterior. As obras de adaptação do novo espaço às exigências da Segurança Social ficam a cargo da AIPNE, que vai tentar obter o financiamento necessário à sua concretização.
Para João Paulo Silva tratou-se do primeiro passo para dar um futuro melhor aos 48 utentes da associação, que hoje estão divididos em vários espaços de Alverca, o que para os membros da direcção se torna insustentável, pois os jovens acabam divididos e privados de contacto com parte do grupo. Algo que será resolvido quando mudarem para as novas instalações, que vão permitir a realização das actividades diárias do Centro de Actividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), focado na terapia ocupacional, e os centros de formação da associação, focados na formação para a vida activa, com cursos destinados ao desempenho de várias profissões e com foco na independência dos utentes.

Uma horta à medida das necessidades
No exterior do edifício a horta que foi apresentada no dia do evento foi projectada para a associação e para as necessidades especiais dos seus utentes. O presidente da associação, formada em 2002, refere que parte desse projecto já existia há alguns anos, mas que era uma horta básica e não focada nas necessidades dos utentes. Como tal, e de modo a fazer face a essas dificuldades, principalmente as de mobilidade, parte da horta está implantada à altura de uma cadeira de rodas, para que os utentes com locomoção adaptada possam participar activamente na plantação, rega e apanha dos mais variados vegetais que ali serão plantados. 
Actualmente a horta conta com culturas da época como curgete, abóbora, tomates, pimentos, brócolos, rabanetes, nabos, alfaces, entre outras. Olívia Duarte, para além de elemento da direcção, é mãe de uma das utentes, que já está na AIPNE há 12 anos depois de uma transição menos positiva entre uma escola de ensino regular e uma escola adaptada. A mudança de espaço da AIPNE é algo que considera importante uma vez que os técnicos terão mais espaço e capacidade para ajudar os utentes. A direcção admite ter diversos projectos para o espaço mas prefere “dar um passo de cada vez sem nunca ser maior do que a perna”.

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