Sociedade | 07-06-2022 07:00

Alargamento do passe social às Virtudes foi promessa eleitoral

Presidente do município recua e diz que não vai ser a Câmara de Azambuja a suportar o desconto do passe Navegante contrariando o que disse em campanha eleitoral. A estação ferroviária das Virtudes é a única no concelho não abrangida pelo desconto.

Os utilizadores da estação ferroviária das Virtudes continuam a não beneficiar da redução do passe social único para viajar até Lisboa, que se mantém restrito a duas das três estações do concelho de Azambuja. Na última reunião do executivo da Câmara de Azambuja o assunto voltou a ser tema de discussão depois de o munícipe José Eduardo ter pedido um ponto de situação ao presidente do município, Silvino Lúcio. Cerca de 50 pessoas apanham ali o comboio diariamente rumo à zona de Lisboa.
Em resposta, o autarca socialista admitiu que o assunto estava em banho-maria e que iria novamente junto da REFER e Área Metropolitana de Lisboa tentar chegar a “algum entendimento”, esclarecendo que o que se pretende é que o passe Navegante seja estendido aos moradores das Virtudes sem que tenha que ser a Câmara de Azambuja a suportar o desconto.
A posição de Silvino Lúcio não agradou à oposição à direita que considerou que deve ser a autarquia a financiar a diferença de preços que os utilizadores pagam dentro do mesmo concelho. As afirmações do autarca também não foram ao encontro da promessa eleitoral que assumiu em entrevista ao jornal local Valor Local, realizada em período de campanha eleitoral e na qual disse que o município iria suportar a desigualdade de preços. “Se o Governo não avançar avançaremos nós. É uma promessa”, vincou.
Afirmando que esta é uma questão “tremendamente injusta” que “nunca deveria ter caído no esquecimento”, a vereadora do Chega, Inês Louro, defendeu que a câmara municipal devia tomar a iniciativa de financiar o montante a mais pago pelos utilizadores das Virtudes. “Estas pessoas deviam ser ressarcidas dos valores que têm vindo a pagar a mais”, disse.
Também o vereador do PSD, Rui Corça, defendeu que deve ser a Câmara de Azambuja a “resolver esta injustiça”, suportando parte dos passes que custariam “poucos milhares de euros por ano” aos cofres municipais. O social-democrata considerou ainda que a Área Metropolitana de Lisboa jamais vai aceitar financiar um serviço de transporte que fica fora das suas fronteiras.

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