Sociedade | 27-02-2022 18:00

Aluna vítima de bullying no Entroncamento pede transferência para Torres Novas

Antónia Melo, mãe da aluna de 11 anos.

Menina, de 11 anos, continua sem ir à escola e aguarda vaga para poder regressar às aulas.

Antónia Melo decidiu mudar de escola a sua filha, que foi vítima de bullying há cerca de duas semanas, no interior da Escola Dr. Ruy d’Andrade, no Entroncamento. A menina, de 11 anos, foi alvo de agressões como pontapés e puxões de cabelo que foram filmadas e difundidas nas redes sociais. Antónia Melo está a aguardar vaga numa escola de Torres Novas, onde a filha tem algumas amigas. Entretanto, a menina continua sem ir à escola por decisão de ambas. “A minha filha não continua naquela escola porque não permito que seja gozada ou apontada pelos outros alunos. O Entroncamento é um meio pequeno e toda a gente sabe que foi a minha filha que foi vítima de bullying”, disse a O MIRANTE. A aluna do 6º ano foi alvo de agressões como puxões de cabelo e pontapés, por colegas de turma, no dia 4 de Fevereiro. As agressões foram filmadas por colegas. Por altura do último Natal a menina recebeu mensagens com ameaças de morte. Antónia Melo confessa que o que mais a chocou em toda esta situação foi o facto das agressões terem ocorrido dentro da escola e “ninguém” ter visto nada nem a terem informado imediatamente do que se tinha passado.
A filha contou-lhe que tinha havido uma briga na escola mas a mãe desvalorizou. Só tomou real dimensão dos acontecimentos quando viu os vídeos no dia seguinte. Na segunda-feira de manhã dirigiu-se à escola e garante que ninguém do estabelecimento escolar a contactou. “Só quando apareci à porta para resolver o assunto é que uma funcionária me disse que iriam entrar em contacto comigo. Fiz a participação da agressão nesse dia e falei com o director de turma, que ficou tão chocado quanto eu”, recorda.
Antónia Melo veio a Portugal em 2016 e diz ter-se apaixonado pelo país. Regressou ao Rio de Janeiro, de onde é natural, mas sempre quis sair da cidade brasileira porque não queria que a filha crescesse num ambiente de “muita violência”. Em 2018 mudou-se definitivamente para o nosso país e escolheu uma cidade pequena, por considerar ser mais seguro. Vive no Entroncamento desde então e nunca tinha tido problemas. Neste momento equaciona mudar de cidade para que a filha possa ir à escola sem se sentir condicionada.
O MIRANTE contactou o Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento, através de email, tendo a directora Amélia Vitorino, referido apenas que o processo “está concluido com as medidas disciplinares atribuídas”.

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