Sociedade | 27-02-2022 15:00

Ampliação do cemitério de Aveiras de Cima não avança por causa da burocracia

O alargamento do cemitério da freguesia, que está lotado, está em ponto morto desde 2019. Município justifica a demora com necessidade de alterações ao projecto devido a parecer da Infraestruturas de Portugal.

Há três anos que a freguesia de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, se debate com a falta de espaço no cemitério e o seu alargamento está a demorar mais do que o previsto. No hectare de terreno já só existe espaço para três novas sepulturas que a junta de freguesia não vende devido à necessidade de reserva para “situações de emergência”, disse a O MIRANTE o presidente da junta, António Torrão (CDU). O presidente do município, Silvino Lúcio (PS), explicou em reunião do executivo camarário que a demora para o início da obra de ampliação se deve a um parecer da Infraestruturas de Portugal (IP), relacionado com a proximidade à Estrada Nacional 366, que obrigou à revisão do projecto inicial, esclareceu o autarca, em resposta à vereadora do Chega, Inês Louro.
Na freguesia morriam em média entre 60 a 80 pessoas por ano, número que cresceu nos últimos dois anos devido à pandemia de Covid-19 e que obrigou a junta de freguesia a tomar medidas. “As pessoas sem família que morrem no lar, agora são enterradas no cemitério municipal (em Azambuja). Tivemos que pedir isso à câmara”, explicou António Torrão, acrescentando que é o facto de muitas das famílias terem jazigos próprios que tem permitido que se continuem a fazer enterros no cemitério da freguesia, mediante o levantamento dos corpos que estão sepultados há mais anos.
Apesar do imprevisto o autarca da freguesia diz ter a convicção que o “projecto fique rapidamente concluído” e que a obra avance e fique pronta ainda este ano. O problema da sobrelotação no cemitério de Aveiras de Cima é há muito reconhecido pela Câmara de Azambuja, que em 2019 adquiriu, por 70 mil euros, um terreno adjacente com dois hectares. Nesse ano, em Novembro, o então presidente do município, Luís de Sousa, disse ao nosso jornal que a elaboração do projecto tinha sido solicitada com carácter de urgência e que já estaria em marcha.

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