Sociedade | 18-04-2022 20:59

Edição Semanal. Árvores centenárias abatidas nas Abitureiras para prevenir males maiores

Edição Semanal. Árvores centenárias abatidas nas Abitureiras para prevenir males maiores

Câmara de Santarém procedeu ao abate tendo em conta o risco de rotura que as mesmas apresentavam devido a lesões e podridões.

Foram mais de cem anos de vida mas a idade não perdoa, mesmo a árvores cuja longevidade é relativamente normal. Seis exemplares da espécie “celtis australis”, vulgarmente conhecidas por lódão-bastardo ou agreira, foram abatidos na semana passada na aldeia de Abitureiras, em Santarém, por apresentarem risco de colapso e colocarem em causa a segurança de pessoas e bens. Em sua memória ficou uma placa comemorativa do centenário das árvores da Rua Furriel Victor Pestana, plantadas simbolicamente em 1914 pelos petizes Violenta Esteves Leitão e António Madeira Luís, filhos do professor da escola da aldeia e do presidente da junta à época, respectivamente.
O abate das emblemáticas árvores mexeu com a população e o cidadão Luís Duarte fez-nos chegar o seu lamento e alerta. O MIRANTE contactou o vereador da Câmara de Santarém, Nuno Russo, responsável pelo pelouro dos Espaços Verdes e Espaço Público, que justificou a medida radical com o mau estado desses exemplares.
“Foi apresentada proposta de abate das árvores, em resultado da sua avaliação, a qual se fundamenta sobretudo por razões de segurança, atendendo ao risco de rotura que as mesmas apresentavam devido a lesões e podridões com cavidades de dimensão significativa, existentes nos troncos e colo das árvores, e que comprometiam a sua estabilidade”, diz Nuno Russo em resposta por escrito às questões colocadas por O MIRANTE.
O vereador reforça que a acção visou “dar resolução urgente a uma situação que, segundo a junta de freguesia, poderia vir a ter consequências graves”. Nuno Russo acrescentou que, neste momento, não há mais operações do género nas freguesias rurais do concelho de Santarém, embora existam situações de acompanhamento e gestão corrente na zona urbana da cidade de Santarém.
Quanto a uma eventual plantação de novas árvores na zona de Abitureiras onde as árvores foram abatidas, Nuno Russo explica que as operações de reposição de plantas e árvores são realizadas pelas juntas de freguesia, ao abrigo da transferência de competências contratualizada entre o município e as freguesias, ao nível da gestão e manutenção dos espaços verdes. Uma informação que a presidente da junta diz não corresponder à verdade, alegando que está escrito no relatório enviado pela câmara, que a mesma se responsabiliza pelo abate, limpeza e reposição das mesmas.

Foi colocada uma placa em memória das árvores abatidas
Foi colocada uma placa em memória das árvores abatidas

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