Sociedade | 12-05-2022 09:59

Assembleia Municipal de Ourém alerta Segurança Social para falta de creches

Autarcas foram alertados para o problema por um conjunto de mães que manifestaram o seu desespero pela falta de um local onde possam deixar os seus filhos.

O presidente da Assembleia Municipal de Ourém, João Moura (PSD), escreveu ao Centro Distrital de Santarém da Segurança Social a alertar para a falta de creches no concelho, disse aquele órgão deliberativo. O autarca denuncia uma “preocupante situação” em Ourém, “no que diz respeito à enorme falta de resposta no acesso a creches” e questiona a Segurança Social de Santarém sobre “as medidas concretas que estão a ser pensadas para dar resposta a este tipo de problemática”.

“Fomos confrontados com esta situação na última sessão deste órgão deliberativo, a 25 de Abril, através da participação de um conjunto de mães que manifestaram o seu ‘desespero’ pela falta de um local onde possam deixar os seus filhos, para assim poderem regressar ao trabalho”, refere o documento. Segundo o ofício, “o problema não é de agora, mas está a agravar-se”. Neste momento, “contabiliza-se um total de 35 mães nesta situação, sobretudo na freguesia de Fátima”.

Uma das representantes do grupo de mães afirmou, na última sessão da Assembleia Municipal de Ourém, que já inscreveram os bebés em Maio do ano passado e foram informadas de que nem em Setembro deste ano terão vagas. “Esta situação é insustentável e tem obrigado as mães a pedir licença alargada”, alerta João Moura na carta enviada à Segurança Social.

Tal como O MIRANTE já tinha noticiado, o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque (PSD), referiu na reunião de assembleia municipal de 25 de Abril, que “não existem vagas no concelho e que mesmo não sendo uma responsabilidade da autarquia, tem incentivado as IPSS [instituições particulares de solidariedade social] a criarem respostas nesta área”.

O autarca, lê-se no documento, informou ainda que o regulamento de apoio à natalidade irá prever uma ajuda às famílias que terão de recorrer aos serviços privados, embora, neste momento, estes também não consigam dar resposta. “Se até aqui tínhamos um défice de crianças, que nos levou a implementar um conjunto de medidas para combater este indicador, neste momento confrontamo-nos com uma enorme lacuna, que naturalmente gera controvérsia e desagrado”, disse.

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