Sociedade | 05-07-2022 10:00

Autarca exige solução rápida para moradores impedidos de usar casas em Santo Estêvão

Moradores compraram habitações no antigo loteamento da Quinta das Cegonhas que afinal não estão prontas a habitar

Presidente da Câmara de Benavente diz-se preocupado com a situação e avisa que estas situações não podem acontecer. Carlos Coutinho garante que os serviços municipais estão a promover contactos entre as várias partes para ajudar a resolver o problema.

O presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, está “muito preocupado” com a situação que afecta 16 famílias de Santo Estêvão que estão impedidas de habitar as moradias que compraram por falta de electricidade e exige uma solução rápida aos promotores e à E-Redes. Em causa, recorde-se, estão famílias que compraram casas no antigo loteamento da Quinta das Cegonhas julgando estarem prontas a habitar. Só que, afinal, as habitações não têm ramais em conformidade com a lei actual e enquanto isso não for resolvido não podem ter ligação à rede eléctrica.
“Ainda que não seja nossa competência, estamos a fazer diligências junto das diferentes entidades para tentar apressar este processo. Exigimos que esta situação seja resolvida o mais rapidamente possível. Estamos preocupados, em cima do problema e a dar o nosso melhor apoio”, garante o autarca comunista.
Carlos Coutinho falou do assunto em reunião pública de câmara depois de ser questionado pela vereadora do PSD, Sónia Ferreira, sobre o assunto. O autarca confirma que o promotor entregou projectos da especialidade para a urbanização e que foi emitido um alvará para a sua construção nos anos 2000, pouco antes da crise do imobiliário, bem como a licença de utilização que atesta que aqueles imóveis têm todas as condições de habitabilidade, nomeadamente as que dizem respeito a água, gás, electricidade e saneamento.
“Há poucos dias tive uma reunião no local com representantes da E-Redes para perceber como é que o problema das pessoas poderá ser resolvido, porque as baixadas não são incluídas nos projectos, é algo que os promotores desenvolvem aquando das infra-estruturas”, explica Carlos Coutinho.
No cerne do problema está o facto dos ramais já não cumprirem com a legislação e serem em cobre em vez de alumínio. Tal como O MIRANTE noticiou, 16 famílias sentem-se enganadas por terem comprado casas como estando prontas a habitar quando, na verdade, não podem ter electricidade. Segundo os moradores, as obras de substituição dos ramais já começaram mas não há data de previsão para a sua conclusão. A maioria dos moradores está a viver em casas emprestadas e noutras habitações com familiares.
As moradias estiveram duas décadas por concluir devido à falência da empresa construtora. No processo de insolvência passaram para as mãos do Banco Popular, o principal credor, e desse para o Santander, que por sua vez as vendeu, inacabadas, à Whitestar.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo