Sociedade | 12-04-2022 18:00

Autarcas de VFX exigem que operadores de comunicações retirem cabos das fachadas dos edifícios

José Louro, de Vila Franca de Xira, foi um dos moradores afectados pela proliferação de cabos de comunicações nas fachadas dos edifícios

Situação não é nova e em alguns locais do concelho tem-se agravado. Há dois anos um morador de Vila Franca de Xira nem à janela podia ir e foi a reportagem de O MIRANTE a ajudar a desbloquear a situação.

Os autarcas de Vila Franca de Xira estão a perder a paciência com o desleixo dos operadores de telecomunicações e vêm agora exigir às empresas que cumpram a lei e retirem todos os cabos de comunicações que estejam pendurados nas fachadas dos edifícios dos centros históricos. Situação que, além de afectar a estética do edificado, em alguns casos coloca em causa a capacidade de utilização das varandas.
A proposta, apresentada pelo vereador Vítor Silva, da coligação PSD/PPM/MPT, foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo e o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, diz estar totalmente de acordo com o aperto da fiscalização. “É uma obrigação das operadoras fazer isto e por isso é bom que o façam o mais depressa possível”, avisa.
A proposta “fachadas dignas” surge na sequência de várias queixas de moradores que têm sido ouvidas nos últimos meses e que estão indignados com a forma como o exterior das suas habitações tem sido tratado pelas operadoras. Num dos casos, que O MIRANTE relatou em 2019, um morador de Vila Franca de Xira nem à varanda de casa conseguia ir por estar a ser atravessada por meia dezena de cabos.
“Uma das coisas que mais vida dá aos centros históricos é a recuperação das fachadas. A existência e persistência dos fios de telecomunicações pendurados, muitas vezes já sem uso, é um factor disruptivo da estética e da segurança das pessoas e bens”, criticou Vítor Silva. O autarca lembra que por muito que os proprietários invistam na recuperação dos imóveis, os cabos apenas podem ser retirados ou recuperados pelas empresas que os colocam, sendo que a câmara municipal tem em vigor um regulamento onde pode fiscalizar e punir esta prática.
“Por esse motivo a câmara já tem base legal no seu normativo interno para exigir e proibir as operadoras de continuarem a deixar os cabos soltos”, vincou, lembrando que o município pode – e deve – intervir junto do Provedor de Justiça e da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) para obrigar os operadores a cumprir a lei.

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