Sociedade | 19-04-2022 07:00

Autarcas de VFX querem reunião urgente com ministra por causa da falta de médicos

Autarcas já estiveram reunidos com a responsável do agrupamento de centros de saúde mas agora querem ser ouvidos pela ministra Marta Temido

Em causa as saídas de médicos e os problemas que se têm sentido nos últimos tempos nos centros de saúde do concelho.

Os autarcas de Vila Franca de Xira vão requerer uma reunião urgente com a ministra da Saúde, Marta Temido, para alertar a governante para os fortes problemas que estão a ser sentidos nos centros de saúde do concelho, em particular a falta de médicos. O tema tem sido amplamente discutido e criticado pelos autarcas e pela comunidade e o cenário promete agravar-se em breve com a reforma anunciada de vários médicos que estão actualmente ao serviço e que, a concretizar-se, pode fazer disparar para mais de 30 mil o número de pessoas sem médico de família.
“Estamos todos muito preocupados com esta situação e vamos todos em conjunto requerer uma reunião com a ministra. Se saírem os cinco médicos que foram anunciados a situação será catastrófica”, alertou Mário Cantiga, presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, durante a última assembleia de freguesia em que o assunto voltou a ser tema de discussão. Também na Assembleia de Freguesia de Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa foi aprovada uma posição conjunta de todos os autarcas condenando a situação actual vivida nos centros de saúde.
Sofia Theriaga, directora do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Estuário do Tejo, já tinha avisado que estão tempos difíceis a chegar devido a uma vaga de aposentações, rescisões e pedidos de mobilidade para unidades privadas de saúde.
O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, admite que a situação está “bastante preocupante” e que a câmara tem pouco espaço de manobra para resolver o problema. “Tivemos uma recente reunião com os médicos dos centros de saúde, sobretudo os que vão reformar-se, para tentar estender a sua actividade por mais uns anos ou uns meses. Pedimos que os médicos se pudessem prolongar no serviço porque eles são os que melhor conhecem a nossa comunidade. Vamos ver”, informou.
O autarca diz que o problema também pode resolver-se através de alterações legislativas que possam dar maior autonomia aos ACES para poderem realizar a gestão integrada dos centros de saúde. “A direcção do ACES tem de ter condições para tomar medidas e tapar algumas dificuldades. Temos de perceber se neste momento é ou não tempo de, de forma excepcional, articular com os privados as respostas no imediato às necessidades das pessoas”, ponderou.
O autarca reconhece também que, no actual cenário, Vila Franca de Xira não está disponível para aceitar a descentralização de competências na saúde “sem saber quais os edifícios, serviços, pessoal e gestão que possamos vir a ter sobre essa matéria”.

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