Sociedade | 28-09-2022 07:00

Autarcas juntam-se ao protesto do Choral Phydellius pela perda das AEC

Pedro Ferreira, presidente da Câmara de Torres Novas

Concurso público para as Actividades de Enriquecimento Curricular voltou à discussão na Assembleia Municipal, onde foi questionada a contratação desse serviço a uma empresa em detrimento da associação Choral Phydellius. Factor preço foi decisivo.

O Bloco de Esquerda (BE) mostrou-se solidário com o Choral Phydellius, que contesta o concurso público para as Actividades de enriquecimento curricular (AEC) nas escolas do concelho, ganho pela empresa Know How que presta esse serviço em vários pontos do país.
“Relembro o legado importante do Choral Phydellius, uma casa que celebrou, este ano, o seu 65.º aniversário, com muitas provas dadas do seu contributo para a sociedade torrejana. Há uma decisão política, por parte da câmara, ao aprovar por unanimidade o concurso nos moldes em que foi publicado. Ao ser indicado que o factor do preço teria uma ponderação de 60%, demonstra, inequivocamente, que o mais importante é o preço”, declarou na última assembleia municipal Roberto Barata, um dos dois deputados municipais do Bloco de Esquerda.
O eleito do BE garantiu que o seu partido irá avaliar o impacto que esta decisão terá e referiu que pediram esclarecimentos ao presidente da câmara, o socialista Pedro Ferreira, “pois não chega dizer que foi um concurso, o júri avaliou e está feito”. Essas considerações “não são suficientes para justificar esta decisão política nas vertentes que enumerei”, considerou Roberto Barata.

O júri decidiu, está decidido!
Pedro Ferreira já havia dito em reunião de câmara que as questões levantadas pelo Choral Phydellius foram remetidas para o sector jurídico do município, que assegurou que todas as regras foram cumpridas. Na assembleia municipal, o presidente da Câmara de Torres Novas voltou a responder aos apelos lançados, tanto pelo Choral Phydellius como pelo Bloco de Esquerda, referindo que assume tudo o que o júri do concurso decidiu. Admitiu também que gostaria que tivesse ganho o Choral Phydellius, pois “são pessoas que conheço”. Pedro Ferreira deixou no ar a hipótese de receber novamente os responsáveis da colectividade para que possa se estudada uma compensação pela perda do concurso das AEC.
Recorde-se que o Choral Phydellius, associação cultural de Torres Novas, considera “uma injustiça” a forma como foi conduzido o concurso público para as AEC para o triénio 2022/2025 no concelho de Torres Novas. A instituição considera que se não existir uma reversão da estrutura do concurso e dos seus factores de adjudicação Torres Novas “vai viver uma página muito triste na história da Educação do concelho”. As palavras foram proferidas pelo maestro João Baptista Branco durante a reunião do executivo camarário que se realizou a 31 de Agosto.
As críticas do Choral Phydellius centram-se na estruturação do concurso e na atribuição de um peso de 60% ao preço. Para a direcção da associação, não é compreensível que se atribua apenas 20% de importância às metodologias diferenciadoras, 12% à coordenação de professores e 8% ao envolvimento local.

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