Sociedade | 24-01-2022 18:00

Azambuja volta a prometer incentivos à fixação de médicos de família

FOTO ARQUIVO O MIRANTE

Nos últimos dois concursos nenhum médico de família se candidatou às vagas para as unidades de saúde no concelho de Azambuja. Município volta a falar em medidas de incentivo para reverter o problema.

A Câmara de Azambuja vai avançar com a implementação de um modelo de incentivos à fixação de médicos de família, numa tentativa de acabar com um problema “insustentável”. O anúncio, que já não é novo, surge depois de o município ter tido conhecimento que o coordenador do centro de saúde de Azambuja vai deixar o cargo e depois de nos dois últimos concursos nenhuma das vagas abertas para colocação de médicos nas unidades de saúde do concelho ter sido preenchida.

“Constata-se, assim, que o problema da falta de médicos de família, além de não ter melhorado, até se agravou”, lê-se no comunicado divulgado pela autarquia liderada por Silvino Lúcio, onde é ainda referido que o regulamento “definirá um conjunto de incentivos com os quais se pretende reverter a gritante falta de médicos de família”.

A criação de um regulamento para atrair médicos de família para o concelho, recorde-se, já foi tema no anterior mandato autárquico, presidido por Luís de Sousa e no qual Silvino Lúcio era vice-presidente. Na altura Luís de Sousa falava na possibilidade de virem a ser dados benefícios ao nível da habitação, transportes, ofertas de escola e creche aos especialistas em Medicina Geral e Familiar que ficassem a trabalhar no concelho.

Falta de médicos atrapalha vacinação

O assunto foi também abordado na última reunião do executivo municipal, com a vereadora responsável pelo pelouro da saúde, Ana Coelho, a dar a saber que em reunião com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo foi questionado o porquê de esta entidade ter aceite a mobilidade do coordenador do centro de saúde, decisão que veio agravar a falta de clínicos no concelho.

Ana Coelho revelou ainda que a falta de médicos de família se tem reflectido pela negativa no processo de vacinação contra a Covid-19 naquele concelho, onde o centro de vacinação que funcionava no pavilhão municipal acabou por ser encerrado por só haver recursos humanos para que funcionasse aos fins-de-semana.

Na decisão, explicou, pesou ainda o facto de os alunos da Escola Secundária de Azambuja que tinham aulas de educação física naquele pavilhão estarem a ser prejudicados para que ali funcionasse um centro de vacinação apenas dois dias por semana.

As inoculações passaram assim a ser novamente feitas no centro de saúde de Azambuja, o que também tem causado constrangimentos por falta de espaço, admitiu a vereadora.

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