Sociedade | 19-05-2022 18:00

Cancro colorrectal é mortal e as pessoas têm de estar atentas

Paulo Alves, cirurgião na CUF Santarém, teme que muitos doentes ainda estejam a ser diagnosticados mais tarde que o desejável

O cancro colorrectal é o segundo mais frequente na sociedade portuguesa. Só o cancro do pulmão é mais mortal. A elevada mortalidade está relacionada essencialmente com o facto de ser ainda pouco frequente a sua detecção numa fase inicial, porque as pessoas ou não estão despertas para a doença ou têm receio das colonoscopias.

Quais são os sinais a que as pessoas devem estar atentas e que podem indiciar uma situação de cancro colorrectal?

A maior parte dos sinais são relativamente inespecíficos e tendem essencialmente a ver com o funcionamento do intestino, como perdas de sangue ou alterações dos hábitos intestinais. Mas a maior parte dos sinais surge numa fase mais avançada, apesar de poder haver perdas de sangue precoces. Nem todas as hemorragias gastrointestinais são visíveis.

É difícil a pessoa aperceber-se que pode ter problemas…

Numa fase inicial é difícil, pelo que é importante o rastreio dos assintomáticos. O rastreio que está definido internacionalmente e, por questões de gestão de custos, passa pela pesquisa de sangue oculto nas fezes para detectar perdas de sangue não visíveis. Depois os positivos ou duvidosos devem fazer uma colonoscopia, que é muito mais eficaz e segura no rastreio, mas para ser aplicada à população em geral tem elevados custos.

As pessoas também têm algum receio em relação à colonoscopia, talvez por falta de informação…

Há alguma falta de informação e há sempre um conhecido ou um familiar que fez o exame e que teve algumas queixas. Esse passa-palavra é muitas vezes uma má publicidade, porque não são todos os casos iguais e actualmente há mais opções, como os exames com anestesia. 

*Saiba mais sobre este assunto na edição semanal em papel desta quinta-feira, 19 de Maio

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