Sociedade | 19-09-2022 15:00

Casas mortuárias em Santarém com projecto aprovado

A Igreja da Piedade tem servido para a realização de velórios após o encerramento das casas mortuárias nas Portas do Sol devido às obras na zona

Paróquia do Divino Salvador quer construir uma nova capela e casas mortuárias em São Pedro, na periferia de Santarém. Projecto já está aprovado e conta com apoio financeiro da Câmara de Santarém que também isentou o processo de taxas. O objectivo é mitigar a falta de espaços para velórios na cidade.

A Câmara de Santarém já aprovou o projecto de arquitectura e a isenção de taxas de licenciamento referentes à construção da Capela e Casa Mortuária de São Pedro, na periferia da cidade. A obra é da responsabilidade da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia do Divino Salvador mas vai contar com um substancial apoio financeiro do município, que pretende com esse investimento suprir a falta de casas mortuárias na cidade. Actualmente os velórios são feitos na Igreja da Piedade. O complexo vai localizar-se junto à Estrada Nacional 3, na entrada norte da cidade, onde existiu uma capela entretanto demolida. Na reunião de câmara de 29 de Agosto de 2022, onde se aprovou a isenção de taxas, não houve qualquer intervenção sobre o assunto, que já tem uma longa história.
Recorde-se que a Câmara de Santarém e a Paróquia do Divino Salvador assinaram no dia 8 de Março de 2021 um protocolo de colaboração com vista à construção de uma nova capela em São Pedro e a edificação de casas mortuárias junto ao templo. Essa intenção já tinha sido objecto de um acordo entre as duas partes em 2010, sem resultados concretos. Na altura da assinatura do mais recente protocolo estimava-se que a obra fosse custar cerca de 400 mil euros e definia-se que a Câmara de Santarém financiasse a obra num montante até 300 mil euros. Segundo o protocolo, a empreitada, a cargo da paróquia, devia ser executada nos dois anos seguintes, mas as obras ainda não arrancaram e os preços, provavelmente, terão de ser revistos.
Opção não foi consensual
O protocolo foi aprovado em Março de 2021 pela maioria PSD, ainda na vigência do anterior mandato camarário, com os vereadores do PS a optarem pela abstenção e a criticarem o facto de essa solução não ter sido previamente debatida entre todo o executivo, para avaliar possíveis opções. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), respondeu que estava ainda prevista a construção de outras casas mortuárias junto ao crematório num terreno adquirido pela autarquia.
Já a Associação Mais Santarém reagiu a essa decisão dizendo que “não se compreende como pode a câmara municipal comprometer-se com a construção de uma casa mortuária, distante do cemitério mais de 4 km, quando adquiriu, em Fevereiro de 2020, um terreno com 7.300 m2 a menos de 100 metros do cemitério, onde podem ser construídas as casas mortuárias e ainda sobrar muito espaço para estacionamento”.

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