Sociedade | 02-10-2022 14:33

CDU diz que obras em Constância são um atentado ao património

CDU diz que obras em Constância são um atentado ao património

A CDU de Constância diz que é despropositado e ofensivo a câmara, de maioria socialista, gastar meio milhão de euros sem melhorar substancialmente as condições da principal artéria da vila e zona envolvente.

O projecto de requalificação urbana da Avenida das Forças Armadas, em Constância, fica muito aquém do que se exige e a alteração do piso na zona em frente ao Jardim Horto Camoniano “é um atentado ao património da vila e um apagamento de memórias colectivas que durante séculos enriqueceram a comunidade constanciense”.

As críticas são da CDU de Constância, força política que governou o município durante mais de trinta anos, até o PS ganhar a câmara em 2017. A coligação liderada pelo PCP diz, em comunicado, que “não é compreensível o estreitamento da via” na única avenida da vila, que dá acesso à zona ribeirinha da vila, considerando que dificulta o cruzamento de viaturas e agrava os conflitos de trânsito. “Gastar-se meio milhão de euros sem melhorar substancialmente as condições globais da via e da vila parece-nos despropositado e ofensivo face à escassez de recursos existentes”, criticam. 

A CDU reconhece que é “meritório” o objectivo da maioria socialista em melhorar as acessibilidades a pessoas com mobilidade reduzida, numa obra que envolve um orçamento na ordem do meio milhão de euros com financiamento de fundos comunitários. No entanto, tece mais críticas do que elogios. Como acontece com a intervenção junto ao Jardim Horto Camoniano, onde “a substituição do chão por placas de granito (que poderia ser melhorado mantendo-se o calhau rolado), a retirada dos frades e o corte das árvores empobrecem o local e o conjunto da beleza do casco histórico da vila”. 

O corte de árvores também mereceu censura da CDU. E o não “enterramento” dos contentores de resíduos domésticos e recicláveis distribuídos pela Vila e, particularmente na avenida em obras “também revela a falta de qualidade de um projecto que fica muito longe do que se exige à notável vila de Constância”. O comunicado da CDU termina dizendo: “Preservar a memória dos povos e respeitar todos os que a mantiveram viva, como foram Manuela de Azevedo que dedicou uma vida a Camões e a Constância e o arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, que projectou o Jardim Horto de Camões e o espaço que está agora a ser remodelado, é uma dívida que não merece ter este desfecho”.

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