Sociedade | 20-05-2022 17:59

Cemitério de Aveiras de Cima sem espaço

Alargamento do cemitério vai ser feito para o terreno adjacente adquirido pelo município em 2019

Quem morre na freguesia e não tem campa é enterrado em Azambuja por falta de espaço. Presidente da junta, António Torrão, critica atraso da Câmara de Azambuja que levou à “ruptura total” do cemitério.

O alargamento do cemitério de Aveiras de Cima, que estava previsto para 2019, devido à falta de espaço para sepultar quem morre, continua sem data para avançar. Por conta do arrastar do processo, que ainda está em fase de projecto, a junta de freguesia, responsável pela gestão do cemitério, está a ser obrigada a sepultar os mortos no Cemitério Municipal de Azambuja, disse o presidente da junta de freguesia, António Torrão.
Na última sessão da assembleia municipal, o autarca da CDU, que há três anos vem alertando para a necessidade do alargamento, perguntou uma vez mais qual o prazo previsto para o arranque da obra. “Não temos nem sequer uma previsão para o início da construção. Ainda na semana passada tivemos que enterrar uma pessoa em Azambuja. Estamos a atingir a ruptura total”, vincou.
O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, disse que o projecto está na fase final e que assim que estiver concluído será aberto o concurso público para adjudicação da empreitada “tão necessária para a freguesia de Aveiras de Cima”. O autarca do PS adiantou ainda que a autarquia está a ponderar avançar também com o alargamento do cemitério da freguesia vizinha, de Aveiras de Baixo e de Casais da Lagoa uma vez que “o número de campas começa a ser diminuto”. Mas neste caso, ressalvou, o processo não deverá demorar tanto tempo já que em ambos os casos existem terrenos disponíveis para se fazer o alargamento.
Um parecer negativo da Infraestruturas de Portugal (IP) devido à proximidade do cemitério com a Estrada Nacional 366, recorde-se, foi anteriormente um dos motivos apontados por Silvino Lúcio para a demora, porque obrigou à revisão do projecto inicial que já estava concluído. O terreno com cerca de dois hectares foi adquirido pela Câmara de Azambuja a um privado, em 2019, pelo valor de 70 mil euros. Já nesse ano a autarquia admitia haver uma necessidade urgente de expandir o cemitério.

Há seis anos que não há campas para comprar

A Junta de Freguesia de Aveiras de Cima deixou há cerca de seis anos – altura em que o cemitério começou a acusar falta de espaço – de vender covas às famílias. Como solução chegou a ser equacionada a construção de gavetões para fazer render a área disponível mas, depois de ouvir os populares, a autarquia liderada por António Torrão concluiu que o modelo não era bem visto entre a comunidade. Aveiras de Cima é a segunda freguesia mais populosa do concelho, com aproximadamente 4.670 habitantes e em média morrem entre 60 a 80 pessoas por ano.

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