Os vereadores do município de Vila Franca de Xira chumbaram por maioria, na última reunião pública a 23 de Fevereiro, uma proposta apresentada pelo vereador do Chega, Barreira Soares, que visava colocar três vigilantes privados na escola básica de Vialonga para diminuir os casos de violência que ali se têm verificado. A ideia do projecto-piloto seria permitir aos vigilantes controlar o interior dos recreios e acompanhar os alunos para as aulas de educação física que são dadas fora do recinto escolar. Os vigilantes também iriam articular a sua actuação com a direcção do agrupamento de escolas e os professores. O autarca lembrou a notícia recente de O MIRANTE sobre as agressões registadas naquela escola dizendo que é urgente que a situação se resolva. “Com esta medida iriamos dar mais tranquilidade aos pais porque é o que muitos exigem que seja ali feito”, afirmou.Os restantes partidos – Nova Geração (PSD/PPM/MPT), PS e CDU votaram contra por considerarem a ideia “devastadora” para a comunidade educativa e por criar anti-corpos contra as figuras da autoridade. David Pato Ferreira, da Nova Geração, notou mesmo que a proposta tornaria a escola “um estabelecimento prisional” e o presidente do executivo, Fernando Paulo Ferreira, criticou o que disse ser um ataque estigmatizante sobre a escola de Vialonga em que as obras, apesar de prometidas pelo Governo há cinco anos, nunca avançaram.O vereador do Chega não se conformou com o chumbo da proposta, criticando os adversários políticos de nada fazerem para resolver os problemas daquele estabelecimento de ensino. “Não façam nada, está tudo bem, porque não são os vossos filhos que andam lá. Não ponham a culpa na polícia, a escola de Vialonga está a ser notícia várias vezes e está tudo a assobiar para o lado”, lamentou.
* Notícia desenvolvida na próxima edição impressa de O MIRANTE