Sociedade | 14-06-2022 11:59

Edição Semanal. Condução em contramão faz vítimas na A1 em Alverca

Edição Semanal. Condução em contramão faz vítimas na A1 em Alverca

No dia 12 de Maio um homem fez inversão de marcha nas portagens de Alverca e seguiu vários quilómetros em contramão na A1 até embater mortalmente com uma viatura que seguia na faixa da direita. Sete dias depois outro automobilista fez o mesmo e lançou na memória outros casos que têm acontecido na região. GNR diz estar atenta ao fenómeno.

Continuam a ser investigados pelas autoridades os motivos que terão levado um homem de 65 anos, de Lisboa, a fazer inversão de marcha nas portagens de Alverca da Auto-Estrada do Norte (A1) no dia 12 de Maio e a conduzir vários quilómetros entre Alverca e o Sobralinho em contramão. Faltavam poucos minutos para as 20h00. Apesar dos alertas dos restantes condutores, o homem – que seguia sozinho no carro – não abrandou a marcha, não ligou as luzes do automóvel nem fez qualquer esforço para se encostar à direita. Veio a morrer de forma violenta no embate frontal que se seguiu com uma condutora de 30 anos, do Porto, que viajava sozinha.
A violência do embate foi de tal ordem que um dos automóveis galgou o separador central e o outro capotou. Desse aparato resultou ainda o despiste de outras duas viaturas e de onde resultaram dois feridos leves de 50 e 33 anos. A situação obrigou a cortar o trânsito na A1 durante mais de quatro horas.
A situação lançou o alerta para vários casos recentes de carros em contramão registados na A1. Os Bombeiros de Vila Franca de Xira dizem a O MIRANTE que carros em contramão começam a ser um cenário recorrente e que, por exemplo, no dia 19 de Maio outro condutor foi visto a andar em contramão ao quilómetro 10, ainda que sem causar danos. Quem usa as vias rápidas da região diariamente relata que são cada vez mais comuns os registos de viaturas a seguir em contramão apesar de todos os acessos estarem bem sinalizados. Há relatos de situações idênticas na vizinha Auto-Estrada 9 e no IC2 entre a Póvoa de Santa Iria e Lisboa.
Questionada pelo nosso jornal, a Guarda Nacional Republicana diz que a segurança rodoviária e a redução do número de vítimas mortais na estrada é uma prioridade pelo que diariamente são realizadas acções de fiscalização em todo o território. Diz ter registo em 2021 de uma ocorrência na A9 da qual não resultaram feridos e, já este ano, o acidente de 12 de Maio na A1.
A PSP refere que na sua área de jurisdição não tem indicação de casos de condução em contramão. Existem, no entanto, outras situações que as autoridades não contabilizaram na informação enviada a O MIRANTE, como o acidente em contramão em Setembro último no IC2 entre uma carrinha Toyota Hiace conduzida por um homem de 81 anos, da Calhandriz, que circulou na faixa à direita durante largos minutos até embater frontalmente com um outro automóvel do qual o condutor escapou com ferimentos ligeiros.
A 14 de Fevereiro deste ano uma outra viatura, em contramão, colidiu com outro na A23 junto da saída para Torres Novas de onde resultaram quatro feridos, um deles em estado grave. A situação obrigou ao corte da via durante três horas.
Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelam que entre 2014 e 2018 foram registadas em todas as estradas nacionais 5.567 autos por condução em sentido contrário. Em 2020 a GNR registou a nível nacional 62 acidentes em contramão.

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