Sociedade | 23-01-2022 18:00

Dois telemóveis por 4 mil euros para presidente e vice da Chamusca

Dois telemóveis por 4 mil euros para presidente e vice da Chamusca

Paulo Queimado e Cláudia Moreira compraram dois telemóveis que custaram cerca de quatro mil euros mais IVA. Assunto tem sido motivo de conversa entre funcionários do município na semana em que os autarcas testaram positivo à Covid-19.

A Câmara Municipal da Chamusca comprou, durante o período de Natal, dois telemóveis (smartphones) para o seu presidente e vice-presidente que custaram cerca de quatro mil euros mais IVA. Paulo Queimado e Cláudia Moreira compraram telemóveis iguais, da marca sul-coreana Samsung, com o custo de cerca de dois mil euros cada um.
Segundo informação de um dos funcionários do município que falou com O MIRANTE sobre a compra dos telemóveis, a vice-presidente já exibiu o dispositivo móvel para alguns trabalhadores da autarquia. O mesmo funcionário, que se diz simpatizante do partido (PS) que tem maioria no executivo, refere que ainda não viu o presidente da câmara com o novo telemóvel porque o autarca tem aparecido pouco nos primeiros quinze dias do ano.
Entretanto, na sexta-feira, 14 de Janeiro, Paulo Queimado escreveu um e-mail aos funcionários da câmara a avisar que tanto ele como a sua vice e companheira estavam em isolamento em casa depois de terem recebido resultados positivos de análises PCR feitas recentemente.
Os telemóveis comprados pela autarquia são de terceira geração de dispositivos dobráveis da marca sul-coreana. Combinam a resistência à água com o vidro mais resistente do mercado. Com um sistema de dobragem capaz de suportar 200 mil dobras, o smartphone dispõe da tecnologia mais avançada e de uma capacidade de armazenamento que pode ser equiparada a alguns computadores portáteis.
Os gastos exagerados em telemóveis de alta gama para uso pessoal e profissional têm sido motivo de conversa entre funcionários da câmara e população da Chamusca, numa altura em que se sabe que a autarquia tem dinheiro a mais porque não consegue empresas para realizar obras, como é o caso do arquivo municipal ou da requalificação urbana, nem concluir as que já começaram, nomeadamente a empreitada no complexo das piscinas municipais. O MIRANTE escreveu a Paulo Queimado pedindo-lhe um comentário sobre esta compra, mas o autarca não respondeu às questões.
Esta notícia foi publicada no site de O MIRANTE a 14 de Janeiro e nas redes sociais oficiais do nosso jornal teve um alcance de 11 mil pessoas, cerca de três mil interacções, seis dezenas de comentários e cerca de 40 partilhas.

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