Sociedade | 22-01-2022 15:00

Donos de apartamento onde vivem animais em condições indignas querem despejar inquilino

fotoDR

Proprietários do imóvel queixam-se da falta de pagamento das rendas e lamentam a situação. Município do Entroncamento já encaminhou o caso para as autoridades de saúde pública.

O caso dos cães que são mantidos na varanda de um apartamento na Rua Cidade de Penafiel, no Entroncamento, rodeados de dejectos e sem água ou alimento à disposição continua a dar que falar. Depois de o assunto ter sido notícia, os donos da habitação vieram, através de um comunicado, queixar-se que o inquilino não paga as rendas, mesmo depois de lhe ter sido proposto pagar o montante faseadamente, e lamentam as más condições em que são mantidos os animais.
“Infelizmente nunca existiu por parte do inquilino vontade de resolver, sempre existiu mentira e desrespeito e ainda começou por desrespeitar os restantes moradores do prédio e prédios contíguos”, escrevem os proprietários do imóvel que ainda está a ser pago ao banco. O despejo, acrescentam, já foi intentado, mas acabou suspenso por causa das medidas de protecção contra esse tipo de acções durante a pandemia.
Além dos três cães vivem ali também quatro gatos, que pela falta de limpeza contribuem para o mau odor que é sentido nas habitações contíguas e por quem passa naquela rua. Ninguém sabe ao certo se os animais são devidamente alimentados uma vez que o arrendatário nunca abriu a porta, nem mesmo às autoridades policiais e serviços municipais do Entroncamento. Nos últimos dias os animais têm sido vistos com menos frequência na varanda.
A vice-presidente da Câmara do Entroncamento, Ilda Joaquim, adiantou a O MIRANTE que na sequência de uma nova tentativa de resolver o caso, que se arrasta há vários meses, foi nos últimos dias emitido um expediente que seguiu para a Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, cabendo agora a esta entidade fiscalizar as condições em que vivem os animais e se a sua condição representa um risco para a saúde pública.
A PSP, recorde-se, deslocou-se diversas vezes ao local tendo elaborado vários autos de contra-ordenação que foram posteriormente remetidos ao Ministério Público que, por sua vez, se decidiu pelo arquivamento do processo por entender que não existiam evidências de maus tratos aos animais. O último auto foi elaborado na noite de 9 de Janeiro depois de ter chegado uma nova queixa às autoridades.

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